Preciso confessar: eu não estava interessadíssimo em "Blackstar", o último trabalho de David Bowie. O álbum já estava disponível desde sexta-feira passada, mas só hoje eu fui escutar - e apenas por causa da morte do artista. As duas músicas que haviam saído antes do lançamento, a faixa-título e "Lazarus", não me empolgaram muito. As críticas, apesar de positivas, diziam que o disco era basicamente de jazz, o que me dá um soninho incontrolável. Mas acabei sendo dominado pela emoção e finalmente encarei "Blackstar" inteiro. E não é que é uma beleza? Claro que o falecimento de Bowie põe tudo em perspectiva. Agora cada letra vai ser virada pelo avesso, e, como bem apontou o Daniel num comentário do meu outro post, a de "Lazarus" é um testamento e uma despedida (para os não-letrados na Bíblia: Lázaro é um morto que Jesus ressuscita com um milagre). O curioso é que o disco começa difícil e aos poucos vai ficando mais acessível. A última música, "I Can't Give Everything Away", tem uma melodia agradável e uma pegada alegre. Soa vintage, como se fosse do começo da carreira. Bowie já devia estar mais do que conformado: parecia decidido em incorporar sua morte à sua obra, e conseguiu. Agora quero só ver alguém superar uma performance como essa.
E hoje que eu percebi que as estrelas na capa do disco formam o nome BOWIE beeeeeem estilizado.
ResponderExcluirCaralho, é mesmo...
ExcluirUm artista de verdade com um "gran finalle" guardado na manga.
ResponderExcluirQto mal gosto.
ExcluirÉ impressionante a força criativa do Bowie, até a morte iminente ele conseguiu de certa forma transcender transformando esse momento delicado em arte.
ResponderExcluirA reality tour, última turnê do Bowie, acho que em 2003, está disponível no NOW sem precisar alugar.
ResponderExcluirNo próximo post você vai pedir a canonização dele? Tá parecendo...
ResponderExcluirE qual problema? Vai pedir a canonização do Offer Nissin?
ExcluirVrááa!
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