segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

EM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS


Assisti a exatamente três filmes de Ingrid Bergman em toda minha vida: "Casablanca", "Assassinato no Expresso do Oriente" e "Sonata de Outono". Foi mais do que suficiente para me dar vontade de ver "Eu Sou Ingrid Bergman", o documentário que acabou de entrar em cartaz. E saí do cinema maravilhado: não só com a vida de uma das maiores estrelas de todos os tempos, como também com a maneira como o longa foi feito. Sim, é uma biografia autorizada. Mas a família garantiu total acesso a seus arquivos pessoais, e olha que Ingrid deixou muita coisa para trás. Além de diários desde que era adolescente e cartas para amigos e parentes, também há léguas de filmes caseiros, registrando momentos importantes e banais. O documentário também inclui depoimentos dos quatro filhos, que foram praticamente abandonados pela mãe e mesmo assim não guardam mágoa dela. A mulher que emerge desse retrato é fascinante, mais ainda do que a atriz. Lindíssima, desafiadora, capaz de dizer a Ingmar Bergman onde ele deveria colocar a câmera. Agora preciso conhecer melhor sua vasta fimografia.

11 comentários:

  1. uma dica: comece com "Interlúdio", do Hitchcock

    ResponderExcluir
  2. Não vi o documentário, mas os quatro filhos foram abandonados? O meu registro é de ter a primeira filha, Pia Lindstrom, ficado com o pai dentista. Por acaso, baixei agora 'Elena et les hommes', do Jean Renoir, em que Ingrid, que já não era nova [1956], está lindíssima. Tão luminosa, parece um refletor voltado para a câmera.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ingrid nunca os abandonou totalmente, mas foi uma mãe bastante ausente. Quando foi para Hollywood, deixou o primeiro marido e a filha na Suécia, que só foram reencontrá-la quase um ano depois. Mais tarde, passava mês em filmagens ou fazendo teatro em outros países, enquanto seus filhos com Rossellini ficavam com babás e parentes.

      Veja o documentário! Vale super a pena.

      Excluir
  3. Interlúdio, do Hitchcock, é muito bom, e ainda se passa no Brasil.

    ResponderExcluir
  4. Ela pos o nome da filha de ingrid tb?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, uma das gêmeas que ela teve com Rossellini se chama Ingrid (a outra é a famosa Isabella).

      Excluir
  5. Grande atriz sempre fui um admirador do trabalho dela , fora da tela nunca soube escolher um homen li varias biografias dela , Rossellini a humilhava sempre que enchia a pança de vinho ,bela muito bela Ingrid.

    ResponderExcluir
  6. Adoro tanto suas indicações de filmes fora do circuito (não ligue pros tontos que reclamam), vou conferir assim que possível o doc.
    Ingrid Bergman não só era uma grande atriz mas tinha aquela qualidade peculiar, era tanta presença e magnetismo em cena, que ela parecia preencher todos os espaços, pra azar dos outros atores.

    ResponderExcluir
  7. Como me sinto preterido morando numa cidade podre, pobre culturalmente como Campinas. Aqui não ha cinemas alternativos, tudo gira em torno dos filmes comerciais. Não há teatro decente, não ha nada culturalmente interessante...ohhhh vida!!! Dizem que o povo brasileiro é medíocre, o campineiro é a bactéria do cocô do avalo do bandido...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E olha que Campinas tem mais de um milhão de habitantes e fica a apenas uma hora de São Paulo.

      Excluir