A quem interessa que haja confronto entre a polícia e os black blocs quando acontece uma manifestação? Bico: ao alvo dos protestos. Ao governo. Foi a violência dos black blocs que conseguiu esvaziar a onda de protestos de meados de 2013. O que começou com umas passeatinhas contra o aumento do preço da passagem de ônibus logo se expandiu para um movimento que parecia pré-revolucionário, com meio Brasil nas ruas exigindo mudanças para ontem. Aí, o que foi que aconteceu? Entraram em cena os black blocs, tacando tijolos, quebrando vidraças e atacando carros de TV. A população se assustou e voltou para casa. A mídia, que era simpática aos manifestantes, condenou com veemência. Um ano depois, todos os políticos atacados - Dilma, Alckmim, Haddad, Cabral - foram reeleitos ou viram seus herdeiros vencerem nas urnas. Ou seja, toda aquela energia gasta em 2013 não serviu para nada. Agora ninguém vai esperar o descontentamento do povo ganhar corpo e objetivos. Melhor partir logo pro quebra-quebra, como aconteceu ontem em São Paulo, Rio e BH. Aí fica clara a associação entre manifestantes e arruaceiros, com o apoio implícito de uma polícia obrigada a reagir com truculência. Pois esses black blocs, salvo alguns realmente trogloditas, estão todos a soldo dos poderosos. Todos do mesmo lado, - que não é o nosso.
Já desisti faz tempo desse nosso país de merda.
ResponderExcluirEstamos vivendo como zumbis e fingimos não perceber.
Vamos sambar e lacrar muito no carnaval porque isso que é felicidade, o resto é frescura de gente submissa ao imperialismo.
Eu também, se eu pudesse e tivesse grana, e oportunidade eu iria embora para um País bom de se viver, e mudaria minha cidadania, e viria aqui só de férias e nada mais, Carlota Joaquina é que tinha razão quando disse:Meu marido, (D João VI) quero voltar para o meu palácio, para minha terra, lugar de gente civilizada, não esta terra cheia de mosquitos e gente sem educação! Este País hj, está em queda livre!
ExcluirFico triste com a desesperança que tomou conto dos brasileiros. Não há nem como criticar comentários de pessoas que não conseguem 'ser' plenamente no lugar onde nasceram e colocam suas esperanças em um lugar estrangeiro idealizado, pois as coisas por aqui estão mesmo de lascar.
ExcluirAdmiramos os europeus que nos séculos passados vieram pra cá construir uma vida, não vejo porque ter vergonha do contrário agora, nada demais ir viver em outro continente, vergonha é não ser livre.
ExcluirVergonha mesmo não vivemos em um País livre, vivemos na maior mentira ilusoria, aquí nesse País o que temos? Nada! Um País governado por uma QUADRILHA que se instalou com o líder n°1 em trambicagens e ilusão desde quando era sindicalista, uma classe política corrupta da pior espécie, um País emperrado na burocracia e falta de ética e respeito uns p com os outros, e muitas outras coisas mais, vamos esperar o que de bom deste País? Nada, vivemos no salve - se quem puder!
ExcluirTambém acho uma humilhação viver aqui, e ainda ver gente (uns sem escrúpulos, outros iludidos) falando que finalmente estamos integrando os pobres à sociedade, isso só pode ser opinião de quem vive no mais alto conforto no Brasil, porque o povo povão mesmo continua vivendo igualzinho sempre foi, num país em que tudo é velho, mal cuidado, quebrado, isso quando tem, porque em geral nem tem nada, um país omisso, uma justiça confusa, impostos de primeiro mundo, serviço africano etc etc etc.
ExcluirUm vexame quem aplaude isso.
Aqui neste País o povo não sabe protestar perdem a razão mediante alguns baderneiros de plantão!
ResponderExcluirParece que não leu o texto.
ExcluirBravo, Tony!
ResponderExcluirConcordo com o texto Tony. Porém vou discutir como a mídia ou melhor, a Globo é trata o assunto nacional e internacionalmente: quando acontece protestos violentos em outros países com queima de automóveis e depredação, ela chama de "manifestação" e "manifestantes" e quando e no Brasil ela fala "vândalos", eu assisto globo e acho ela uma ótima emissora, orgulho de ela ser brasileira e ser a quarta maior emissora do mundo, mas não fecho os olhos para as parcialidades dela e as cagadas que fez e ainda faz rs.
ResponderExcluirBravo! (2)
ResponderExcluirPeço licença para acrescentar:
Existe, entre os arruaceiros mascarados, uma massa de jovens que não recebe um centavo sequer e, pior, acredita que age para demonstrar sua inconformidade com o sistema, numa espécie de voluntarismo punk misturado com guerrilha urbana. Há razões para o fenômeno.
Qualquer totalitarismo precisa de certas condições para se instalar. É necessário solapar a noção de individualidade, romper com a força dos laços naturais de sangue e, por fim, controlar os corpos e as mentes.
A individualidade é desconstruída quando a pessoa para de perceber, sentir e expressar o mundo por meio dos próprios sentimentos e passa a fazê-lo através de sentimentos "coletivos". Isso é muito comum entre aqueles que, por exemplo, nunca sentiram ou perceberam qualquer tipo de "preconceito" e, após se incorporarem em grupos feministas, racialista, LGBTs e afins passam a sentir "opressão" por todos os lados. Tal processo também é operado em seitas, facções políticas, forças armadas e demais grupos de controle. Normalmente, é mais eficaz entre pessoas com pouca idade e personalidade ainda em formação.
Um segundo estágio, mais sofisticado e determinante para o controle social efetivo, ocorre quando quando há o rompimento com os laços afetivos e sanguíneos. Todos, potencialmente, somos capazes de nos arriscar e até agir com violência se o objetivo for defender um filho(a), pai(mãe), irmão(ã), ou quem amamos. Um regime totalitário precisa substituir essa noção primitiva e só o faz após a perfeita desarticulação da individualidade. O membro deve priorizar o novo grupo em detrimento de seus laços originais. Isso é visível entre os Black Blocks, pois estão todos ali arriscando a vida em nome de sabe lá Deus o quê.
O último estágio, aparentemente incoerente, pois quem participa de organizações de protesto o faria em nome de uma suposta emancipação, é o controle dos corpos e mentes. Tal etapa exige que a individualidade esteja completamente solapada, e que toda emotividade do indivíduo seja resultado de histeria, ou seja, guiada por sentimento estranhos (externos) a quem sente. É um momento em que mesmo proibido de deixar um determinado território (Cuba, por exemplo) a pessoa (ou o que sobrou dela) apoia o regime vigente. Mesmo limitado em sua liberdade de expressão, acredita que sofre pelo próprio bem (ou pelo bem da coletividade). Um exemplo mais banal, mas também preocupante, ocorre quando alguém questiona os clichês mentais da militância LGBT aqui nos comentários e surgem ataques irracionais e com alta carga emotiva.
Não sei dizer o quanto cada Black Bloc já perdeu o controle sobre seu corpo e mente, pois não conheço a dinâmica interna do grupo. Entretanto, já visitei um "assentamento" do MTST em um prédio ocupado do centro de São Paulo e ali era visível a gerência de horários, comportamentos, formas de agir e expressar.
Ainda que estejam lançando mão de tais expedientes, não acredito que a esquerda tenha atingido uma massa crítica suficiente para um golpe no Brasil. A contrarreação da classe média que saiu às ruas em 2013 (tomando o controle das passeatas do Movimento Passe Livre) e aos milhões em 2015 demonstrou que quem se opõe ao fascismo da esquerda ainda é maioria e tem capacidade de se articular.
Apenas não se deixe enganar, Tony, a manifestação do último dia 8 não se tratou de um movimento de indivíduos livres em busca de seus direitos, mas injustamente deturpada pela ação dos Black Blocs. Foi uma amarração de diversos "movimentos sociais" (inclusive dos próprios Black Blocs) para apoiar uma forma totalitária de fazer política. Uma espécie de associação de 'protossoviets' a serviço dos que tomaram o Estado com a intenção de se perpetuarem no poder.
2016 promete fortes emoções.
Ok, pode ser isso, mas qual a importância dos tais "laços de sangue" para alguns LGBT quando a própria família os expulsa de casa? (e não venham falar que fui doutrinado pela militância para dizer isso). E qual o mal de acabar com a individualidade? (eu gosto da individualidade e acho que deva haver equilíbrio entre individualidade e coletividade, mas seu discurso parece dizer que só devamos prezar pela individualidade. Falando nisso não é o governo que está acabando com a preciosa individualidade, as pessoas cada vez mais não prezam a privacidade expondo suas vidas nas redes sociais). Não estou contra seu pensamento, mas radicalização dos que acham que a esquerda tem uma agenda secreta é tão paranoico quanto os de esquerda que dizem ser a direita a ter uma agenda secreta (apesar de eu gostar de teorias da conspiração)
ExcluirNick
Nick,
ExcluirOs laços de sangue são fundamentais. Os casos em que as famílias expulsam seus LGBTs são amplificado pela militância exatamente para enfraquecer a importância de tais laços. Já tentaram quantificar esses casos e a incidência foi tão baixa que preferiram não expor os dados. A maioria das famílias fica chocada, trata a homossexualidade do filho(a) sem muito tato, mas aceita e toca a vida. Cai na mesma esparrela dos crimes de homofobia, que, além de incluírem crimes passionais na conta (por ciúme, por exemplo), não passam de trezentos e poucos por ano. Isso em um país com mais de sessenta mil assassinatos anuais e quase cinquenta mil "desaparecimentos" (mortes sem corpo).
A sua individualidade é a totalidade das suas experiências durante a vida. Ninguém deveria ter o direito de se apropriar dela. O fato de você não se preocupar com tal questão demonstra que certa ideologia tem influenciado sua percepção de mundo. Em tese, você deve perceber, filtrar e avaliar o mundo por meio dos seus próprios sentimentos. Populações que perderam a capacidade de se opor a crimes cometidos por governos totalitários o fizeram exatamente por substituir os sentimentos individuais universais por sentimentos artificiais coletivos (o do 'terceiro reich', por exemplo).
Destaco que ausência de privacidade não é sinônimo de desconstrução da individualidade. Pode até reforçá-la, como é o caso deste blogue que tanto gostamos: o Tony reafirma sua individualidade ao apresentar uma visão de mundo única e particular, apesar e em função de sua exposição.
Por fim, não mencionei nenhuma agenda secreta de esquerda. Ela está aí para quem quiser conhecer. Das atas públicas e material de propaganda dos partidos e facções de esquerda (PSTU, PT, Foro de São Paulo, MST, MTST, etc), passando pelos posicionamentos de destacados intelectuais (Marilena Chauí, Vladimir Safatle, André Singer, entre outros), até autores consagrados (Trotski, Vladimir Lenin, Antônio Gramsci, etc). Está tudo registrado: os métodos, as visões de mundo, as técnicas de formação de militância e por aí vai. Os posicionamentos da direita também estão às claras para quem tiver paciência e tempo para ler. As agendas nunca estiveram tão às claras e acessíveis.
O chiste "teoria da conspiração" poderia ser aplicado a quem duvida que o homem pousou na Lua, ou defende a existência de alienígenas entre nós. Já o esforço para o desmonte da individualidade por ideologias totalitárias que se pretendem hegemônicas está aí para quem quiser ver.
Um abraço.
PS: ainda que matassem um único homossexual por razões exclusivamente homofóbicas, já seria algo inaceitável. A tipificação da homofobia nos crimes de agressão, seguidos ou não de morte, é algo que já passou da hora. O problema é que a militância quer criminalizar a opinião contra a homossexualidade (controle das mentes) e transformá-la nessa tolice que fizeram com a lei do racismo, por isso não passa.
Gostei da sua explicação, também acho que a militância infla números, mas cadê os números que provam o que você disse? Não sei se vc é o msm doido que fala coisas de ser doutrinado aqui, mas se for, desta vez vc explicou corretamente seu ponto de vista. Falando de "liberals" (que seria a esquerda nos EUA" achei essa reportagem:http://nymag.com/scienceofus/2015/12/when-liberals-attack-social-science.html?mid=twitter-share-scienceofus#. Porém no fim a reportagem deixa claro que tanto conservatives como liberals estão politizando a ciência.
ExcluirNick
Não existe um movimento social no Brasil que não tenha sido aparelhado pelo governo. Os "black blocs" são só o braço mais agressivo.
ResponderExcluirleitores desse blog são retardados pra caramba
ResponderExcluirPor que somos retardados?
ExcluirNick
O mio babbino caro
ResponderExcluirConcordo, porém acredito que tenha outro mal estar na sociedade.
Hoje havia uns 10 (dez!!!) desocupados bloqueando a entrada do Terminal Bandeira em São Paulo. Os cretinos atrapalharam a vida de milhares de paulistanos que perderão a hora no trabalho.
ResponderExcluirÉ claro que tem gente graúda protegendo esses bandidos. Em condições normais, os próprios seguranças do Terminal os retiraria dali. Só acredita que eles lutam por transporte quem é muito idiota, ou $lucra$ com essa patifaria.
ai zent .... zzzzzz
ResponderExcluircomo se desemprego, violencia, falta de perspectiva já ñ fosse combustivel o suficiente presses jovens se manifestarem agressivamente ...