quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

NATAL NÃO-FOFO


Como nos Estados Unidos não existe um equivalente a Roberto Carlos, lá os especiais de Natal puderam se desenvolver em liberdade. Existe até uma tradição: algum artista famoso recebe a família e alguns amigos em sua "casa" (evidentemente um cenário bem fake) e todos cantam músicas natalinas enquanto neva lá fora. Bill Murray achou que seria engraçado fazer um especial de Natal à moda antiga, e convocou Sofia Coppola - a diretora de "Lost in Translation", que lhe rendeu sua única indicação ao Oscar. Sofia chamou o marido, alguns primos, e voilà: fizeram um programinhaa bem mais ou menos, já disponível no Netflix. A longa primeira parte se passa no hotel Carlyle de Nova York, onde Bill apresentaria um especial diretamente do lindíssimo bar. Mas a nevasca está forte e os convidados não chegam. Ele então põe para cantar quem lhe passar pela frente, e os resultados são desastrosos. Chris Rock não tem voz, Dave Johanssen perdeu a que tinha e Maya Rudolph e Rashida Jones até que fazem um certo esforço. Pior é a participação do Phoenix, a banda francesa da qual faz parte o marido de Sofia. A coisa só melhora quando Bill cai, bate a cabeça e sonha com um cenário suntuoso, onde finalmente aparecem estrelas de algum quilate: Miley Cyrus, que solta o vozeirão, e George Clooney, que nem precisava cantar. "A Very Murray Christmas" parece essas ideias que eram sensacionais no papel. Uma lástima que a realização preguiçosa e o jeito não-fofo de Bill não combinem com a data.

2 comentários:

  1. Duas certezas na vida show do Roberto final do ano, eca! Desligo, e a morte!E completando show da virada affff da depressão e ainda inventam o show de Natal afff desligo tô fora!

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  2. Sou uma gay orgânica, prefiro o especial de Natal da Judy Garland.

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