Se não fosse por "Game of Thrones", talvez não existisse essa nova versão para o cinema da peça escocesa. OK, não vou seguir a velha superstição que avisa que o nome dessa obra de Shakespeare não deve ser pronunciado fora de cena, pois dá azar. Mas é inegável que há um certo sabor de Westeros no filme do diretor Justin Kurzel. Trata-se, na verdade, de uma proeza e tanto: ele e seus roteiristas conseguiram traduzir quatro horas de texto num espetáculo visual, com cenário arrebatador e algumas das cenas de batalha mais sangrentas que eu já vi. Tudo o que acontece fora do palco, no teatro, aqui aparece em toda sua glória e horror. Mas esse "Macbeth" está longe de ser uma bobagem violentíssima à la série "Spartacus". A trama está intacta, e eu fiquei pensando em como ela se repete até hoje. Eduardo Cunha, por exemplo: ele pode não ter matado ninguém (não que a gente saiba), mas suas intrigas são dignas de alguém cegado pela ambição. Ele e sua mulher não têm o glamour de Michael Fassbender e Marion Cotillard, mas acabarão mal como seus personagens. Como diz uma bruxa da peça, algo ruim está chegando.
OMG! Tinha esquecido totalmente dessa maldição. Vou dar uma matéria de teoria numa Escola de Atores aqui em Lisboa e sugeri essa peça para o exercício, deve ser por isso que lesionei a perna e nunca cura e anteontem perdi meu iphone!!! Vou já mudar pro Rapto das Cebolinhas... boabgens à parte, vc não sabe meu grau de ansiedade pra ver o Fassbender e a Cotillard juntos.
ResponderExcluirLife's but a walking shadow, a poor player that struts and frets his hours upon the stage and then is heard no more. It is a tale told by an idiot, full of sound and fury, signifying nothing.
ResponderExcluirSinceramente, não consigo entender como a Marion Cotillard mais uma vez foi esnobada pelo 'Globo de Ouro' e pelo 'SAG' por essa interpretação maravilhosa em "Macbeth". Mais do que digna de levar prêmios e mais prêmios. Mas lá pras bandas de Hollywood premiar de fato excelentes trabalhos virou coisa rara. Digo sem pestanejar que Marion é uma das cinco melhores atrizes da atualidade. De um talento imenso. Estou pensando seriamente em não mais nem dar uma olhada nas premiações de Hollywood. A premiação que deixa de fora uma interpretação dessas não merece credibilidade. Mas que saber, ruim pra Hollywood.
ResponderExcluirAcho essa peça escocesa a mais cinematográfica de Shakespeare. Cotillard e o Fassbender foram ótimos escolhas.
ResponderExcluir