quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

GAROTA NÃO VAI PRA CALIFÓRNIA


Se Marina Person tivesse uma filha, elas provavelmente não seriam tão parecidas entre si como a diretora de "Califórnia" é com Clara Gallo, a atriz de seu filme. Por causa disso, a crítica toda está achando que se trata de uma obra autobiográfica. A personagem tem a mesma idade que Marina tinha em 1984, ano em que se passa "Califórnia". Mas, até onde eu sei, o tio que volta com AIDS dos Estados Unidos (interpretado por Caio Blat) é fictício. É esse retorno que causa a primeira grande frustração da protagonista, que sonhava em ir visitar o tio no estado americano que dá nome ao filme. Mas esse problema logo cai para segundo plano, ofuscado pelos namoricos do colégio. A princípio eu me ressenti um pouco dessa perda de importância do tio gay, mas aí lembrei que é assim mesmo que funciona a adolescência. O envolvimento com a família despenca na hora em que começamos a paquerar. "Califórnia" é um filme sincero e delicado, e mostra que os jovens de 30 anos atrás não eram assim tão diferentes dos de hoje em dia.

7 comentários:

  1. Vi umas cenas que ela mostrou no.gnt e achei a caracterização dos personagens péssima, em nada lembra os anos 80, parece um filme contemporâneo, uma pena dar esse vacilo.

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  2. Nao é possivel que so eu veja o quanto o paulo miklos é um canastrao atuando. Da uma gastura ver algumas das cenas, inclusive essa da discussao com a virginia cavendish no trailer parece inacreditavel.

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  3. O mio babbino caro
    Os jovens de 30 anos atrás não eram assim tão diferentes dos cinco jovens fuzilados em Costa Barros, no Subúrbio do Rio...

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  4. Recolha todos esses brinquedos esparramados agora!

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