"Ausência", de certa forma, é uma extensão de "A Casa de Alice", o filme anterior do diretor Chico Teixeira. Naquele longa a protagonista era uma mulher de meia idade, separada e angustiada, que criava sozinha três filhos com problemas distintos - um deles fazia programas com homens para faturar uns trocados. Aqui o foco é num adolescente que vive num lar parecido. O pai abandonou a família e a mãe resvala para o alcoolismo. Sem ter quem o ampare, o garoto projeta sua carência para cima de um professor. Aí acontece um conflito interessante, porque o adulto sente desejo pelo mais jovem, mas sabe que se ceder o problema ficará muito maior. Há muitos planos silenciosos onde parece não acontecer muita coisa, mas na verdade o mundo desmorona ao redor do protagonista. Tenho um pouco de ressalvas com o desfecho, que é a encarnação de um clichê. Mas também é um sopro de esperança para um dos filmes mais angustiantes do ano.
"O professor". Ouso colocar como o maior dos fetiches, ficando talvez lado a lado com "o padre"
ResponderExcluirAchei o trailer bem interessante. Tomara que entre em cartaz aqui em Salvador.
ResponderExcluirAssisti hoje, no Net Now. Que angustiante a situação do menino. Excelente filme.
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