terça-feira, 20 de outubro de 2015

PAISAJE DE SI MISMA

Ao longo da década passada, fui quase 20 vintes vezes à Cidade do México, sempre a trabalho. Mas claro que nas horas vagas eu passeava: visitei duas vezes a casa azul onde Frida Kahlo nasceu e morreu, e outras tantas o sensacional Museu de Arte Moderna. O fato é que os artistas mexicanos do século 20 são ainda mais instigantes que os nossos, mas por aqui só os muralistas e Frida Kahlo são razoavelmente conhecidos. Por isto que é bárbaro que a exposição "Frida Kahlo - Conexões entre Mulheres Surrealistas no México" não traga só trabalhos da monocelhuda. Tive o prazer de reencontrar Remedios Varos e Lenora Carrington, duas pintoras que eu só tinha visto por lá, e ainda conheci um monte de senhoras que eu ignorava. A mostra está em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e costuma ficar abarrotada nos finais de semana. Mas eu fui hoje na hora do almoço: estava tranquilo e ainda era entrada franca. Frida era a "paisaje de sí misma", como disse um crítico, e vê-la junta com suas amigas e contemporâneas é revelador. Saí tão inspirado que não vou mais me depilar.

8 comentários:

  1. Eu acho a Frida em si mais interessante que seus trabalhos.

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  2. Feliz Aniversário, Tony! Tudo de bom para você

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  3. Já viu o projeto do novo aeroporto da Cidade do México? É pra sambar na cara de Dubai...

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    1. Me pergunto de que adianta ser a vanguarda da arquitetura aeroportuária se nem a corrupção do estado misturado com os cartéis de Sinaloa eles conseguem resolver.

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  4. Mariana imbassahy trabalha de favor

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  5. Faltou um amigo gay na vida de Frida. Um não, vários! Um esteticista, um cabeleireiro, um maquiador, um modista e mais um BFF para dizer na lata quando ela insistisse em seguir sua intuição: "tá péssimo, miga!"

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