Trinta e dois anos depois de "Blue Monday", ainda estou ouvindo New Order. A banda herdeira do Joy Division virou uma espécie de Rolling Stones da cena eletrônica: ninguém espera que eles reinventem a roda a cada novo disco, mas que ofereçam novas pepitas dentro do estilo que os consagrou. E "Music Complete" cumpre essa promessa. O disco marca a volta da tecladista Gillian Gilbert, que havia saído em 2001, e a saída do baixista Peter Hook, cujo "twang" havia se tornado uma das marcas registradas do som do grupo. Ele faz falta, mas nem tanto. Ouso dizer que este novo trabalho é o melhor deles desde o apogeu no final dos anos 80, quando eles soltavam um clássico atrás do outro. Faixas como "Plastic" ou "Tutti Frutti" não fazem feio perto de "Bizarre Love Triangle", ao mesmo tempo em que realmente parecem ter sido gravadas no século 21. Continuar relevante depois de tantas décadas na estrada é façanha que bem poucos artistas conseguem. Aos trancos e barrancos, o New Order mostra mais uma vez que faz parte dessa turma.
Vamos ver se o Disclosure segue pelo mesmo caminho. So far, so good: "Caracal", o segundo CD da dupla, é tão consistente e cheio de ideias quanto a estreia "Settle". E vem com vocalistas convidados ainda mais badalados: além do retorno de Sam Smith, dessa vez também tem Lorde e The Weeknd. Sem falar do cantor de jazz Gregory Porter, que sustenta a nota inicial de "Holding On" por mais de um minuto. "Caracal" tem só músicas agitadas: agora o ritmo só diminui de vez em quando, como se precisássemos de uma pausa para buscar um drink no bar. Sofisticado, contemporâneo e multicultural, o novo opus dos irmãos Lawrence se revelou a trilha sonora perfeita para minhas caminhadas noturnas em Londres. Gamei.
Music complete já é o malhor álbum desde o Technique de 1989, sem sombra de dúvida. Quando a gente ouve um álbum longo desses do início ao fim sem pular nenhuma faixa, é um ótimo sinal.
ResponderExcluirVc já ouviu o novo do CHVRCHES, Every Open Eye? Tá delicinha!
ResponderExcluirE aproveitando, viu o comercial do chá Leão Fuze? https://youtu.be/Q0kYC9MfNYY
Nunca achei que fosse profanar assim, mas que aborrecido esse CD (alguém ainda usa essa expressão) do New Order. Totalmente fora do tempo e do mundo.
ResponderExcluirnew order é muito bom
ResponderExcluirAchei ambos bem fracos :/ O Disclosure voltou as origens mas ficou bem aquém do que esperava. Talvez ouvindo mais vezes mude de opinião.
ResponderExcluirEu gostei mais quando eles viraram Mônaco...
ResponderExcluirO mio babbino caro
ResponderExcluirThe Eternal
"Cry like a child though these years make me older"
Ian Curtis
Em tempo, sobre o affair Papa Francisco e Kim Davis: o Vaticano desmentiu que o Papa tenha recebido a baleia maldita em particular, mas que ela estava em grupo de 50 pessoas que o aguardavam no prédio da Nunciatura Apostólica. Enfatizou que o fato de ter conversado com ela não significa apoiar sua atitude.
ResponderExcluirPar contre: um argentino gay, 66 anos, ex-aluno do Papa - que sempre soube ser ele gay - contou que ele e seu parceiro foram recebidos na véspera por Francisco, que se despediu do casal com abraços e beijos. O video está no Jornal Nacional.
Isso é só uma tentativa de salvar a lavoura.
ExcluirEla foi selecionada "em um grupo de 50 pessoas que o aguardavam no prédio da Nunciatura Apostólica ". Mas sempre tem um patinho pronto a perdoar, são a tais bichas ávidas por aceitação de canalhas.
Falando em música, já viu o cover de "I want your love" da Chic que a Gaga fez pro início da promoção da TomFord Spring/Summer2016?
ResponderExcluirO que achou?
Tony, beba na fonte: Soul Train
ExcluirSó fui ver agora o clipe da Gaga e adorei! Vai ganhar post próprio.
ExcluirAnônimo das 13:02, eu bebi na fonte. Já era grandinho quando o Chic lançou "I Want Yiour Love", que eu dancei muito nas danceterias de então.
Tony,
ResponderExcluirCaso você não tenha ouvido falar do livro "Funny Girl", de Nick Hornby, seria interessante você aproveitar a estadia, passar em uma WHS e comprar um exemplar. O livro trata sobre diversos assuntos, da interiorana que sonha em trabalhar na televisão à homossexualidade vivida nas pissonières dos anos 60 (banheirões). Mas a questão principal está fora da protagonista: por que a comédia para massas sempre foi tão duramente criticada (no caso, as antigas Comedy Playhouses da BBC)? Acho que você vai gostar.
Abraços.
Obrigado pela dica! Comprei "Funny Girl" no aeroporto. Já li "High Fidelity" do Hornby, e gostei muito. Em breve eu conto aqui o que eu achei desse novo livro.
ExcluirTony Goes nao está aberto a criticas
ResponderExcluirAdoro new order mas estão mais datados que blogayros.
ResponderExcluirRespectivamente, 2º e 1º lugares das paradas britânicas da semana passada. Peter Hook deve estar fazendo bonequinho de vudu do Bernard neste momento.
ResponderExcluirhttp://www.officialcharts.com/chart-news/disclosure-score-second-uk-number-1-album-with-caracal-it-means-the-world-__10890/