Poucos meses atrás, eu disse aqui no blog que o assunto "holocausto" estava esgotado no cinema. Já fizeram tantos filmes sobre o tema que parecia não haver mais nada para contar. Ah, como eu fui tolinho. Em minha defesa, nada poderia me preparar para o impacto que é "Filho de Saul", em exibição na Mostra de Cinema de São Paulo. O longa que vai representar a Hungria no próximo Oscar já é o favorito para levar a estatueta, e eu estou torcendo por ele (perdão, Anna Muylaert). Porque, além de ser uma porrada, é uma experiência plenamente bem sucedida. O diretor László Nemes cria um clima claustrofóbico, a começar pela tela quase quadrada que lembra uma foto no Instagram. Mas as imagens não têm nada de fofas. Os planos-sequência são longuíssimos e perseguem o protagonista, que em geral é a única coisa que está em foco. Todo o resto está borrado, e é desse jeito que percebemos as maiores atrocidades sendo cometidas no fundo da cena. O design de som também é espantoso, e acho que nem um filme em 3D me daria tanta sensação de estar num campo de concentração. O Saul do título é um "sonderkommando": prisioneiros que eram encarregados de limpar as câmaras de gás e recolher os mortos, antes de serem executados eles mesmos. Logo no começo, que é de uma barbaridade sem par, Saul encasqueta com o cadáver de um garoto que ele diz ser seu filho. Se é mesmo ou não depende da interpretação do espectador. Eu acho que não é - trata-se apenas da maneira que o personagem encontrou para resgatar um mínimo de humanidade no ambiente mais aterrorizante possível. Saul passa as próximas horas procurando dar um enterro judaico para o menino. Contando assim parece um sofrimento sem fim, e é. Mas "Filho de Saul" prende a atenção e não a larga nunca. Uma obra-prima absoluta, e o mais assombroso é que é o primeiro filme de Nemes. Mereceu o Grand Prix que levou o festival de Cannes deste ano, e todos os milhares de prêmios que ainda vai ganhar.
parece eletrizante. vou asssitir. apesar q tou meiq sem querer mais violencia, è tanta noticia ruim. politica, roubo, sus, estado islamico, para q quero nascer de novo daqui a 300 anos.
ResponderExcluircomo anda a repercussão de "que horas ela volta?" no exterior? tem chances realmente de ser indicado?
ResponderExcluirAs críticas são boas e o filme está cotado nos sites especializados para receber uma indicação. Mas não tem a menor chance contra "Filho de Saul".
Excluiracredito que "que horas ela volta?" ainda pode crescer na disputa, no indiewire já é aposta n° 2 e o filme só começou campanha na semana passada quando o filme foi apresentado numa cabine para os votantes do globo de ouro e segundo a jornalista Ana Maria Bahiana o povo amou demais o filme e que não via uma repercussão assim para um filme brasileiro desde "cidade de deus".
ExcluirPelo visto "Que horas ela volta" é o filme brasileiro mais sobrestimado dos ultimos tempos. A intencao é ate boa mas a execucao nao é, infelizmente. Fico impressionado qdo o comparam com uma masterpiece do nivel de "Central do Brasil". Sorry mas ainda nao é a nossa hora.
ExcluirMuito obrigado! Sempre bom ouvir isso.
ResponderExcluirSim, a academia e indústria são dominadas por uma etinia, sabemos bem qual é...e todas as outras atrocidades q ocorreram depois da segunda guerra? Iraque por exemplo, os coups no Egito, Tunia, Líbia. As ditaduras sul americanas ou o fato que o que os Estados Unidos estavam pretendo dividir o país em 2....
ResponderExcluirA NSA e todos seus truques sujos pra derrubar inimigos, etc...a repressão e tática psicológica de 'auto repressão' imposta pelos judeus. Que filmam e destroem a vida de qq pessoa q simpatize com a causa palestina.
O fato q perdemos todas as nossas liberdades, por aí vai...
À perseguição aos gays e as mulheres, a misoginia, o fato q é ainda LEGAL chamar uma mulher de vagabunda, biscate, piranha.
Nunca li tanta asnice na minha vida.
ExcluirJá vi tanto filme sobre segunda guerra e "Holocausto" que só sendo um muito bom como esse pra voltar ao tema.
ResponderExcluirO cinema sempre mostrou a segunda guerra pelo ponto de vista dos aliados e judeus, por isso essa impressão de mais do mesmo. Tem tanto livro bom que não é chapa-branca, renderiam ótimas adaptações se transformadas em filmes e seriados. Stálin matou mais que o Hitler (também fez campo de concentração e outras barbaridades), só que venceu a guerra...
Brasileiro.não pode reclamar dos judeus que mandam no cinema pq cinema brasileiro adora um coitadismo e se fazer de vitima terceiro mundista do oh mundo cruel.
ResponderExcluirSe fossemos competentes feito judeus, seriamos insuportáveis.
O mio babbino caro
ResponderExcluirImpossível não se remeter ao recente imbróglio: Netanyahu, Merkel, Mufti Haj Amin al-Hussein.
O filme do começo ao fim foi todo montado pra ganhar um oscar,
ResponderExcluirParece aqueles comerciais fakes feitos pra ganhar prêmios.
Vc acha que um filme produzido pra ganhar um prêmio é um bom filme?
Ainda prefiro filmes autênticos, filmes desenhados pela liberdade de pensar e criatividade do cineasta. Ganhar um oscar a muito tempo não é sinal de filme bom ou obra-prima.
Com o q o Netanyhu falou essa semana boicotei a segunda guerra da vida. Faz o Hitler parecer bonzinho...
ResponderExcluirSério?
ExcluirIsso sem contar q os americanos continuaram as pesquisas do Mengele e Goebbels, levará o terror pra um outro nível...
ResponderExcluirEm pensar q naquela época um indivíduo tinha mais direitos e liberdades, (hello NSA), me dá raiva q continuam fazendo filmes sobre isso.
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