quarta-feira, 28 de outubro de 2015

ESCANDINÁVIA MEXICANA


A rainha Cristina da Suécia ficou famosa no resto do mundo por causa de um filme com Greta Garbo. Porque sua importância histórica nem é tão grande assim: ela renunciou ao trono com apenas 28 anos, converteu-se ao catolicismo e foi viver em Roma pelo resto de seus dias. As causas dessa renúncia são discutidas até hoje, e o filme "A Jovem Rainha" calca a mão numa das teorias mais populares: Cristina era lésbica, e ficou chateadíssima quando sua amante se casou com um homem. O título em português é uma amortização do original, muito mais expressivo: "The Girl King", o rei menina. Mas o longa em si não é grande coisa. Dirigido pelo finlandês Mika Kaurismäki, falado em inglês e com elenco internacional, "A Jovem Rainha" mais parece um melodrama mexicano. Tem muito carão, muita frase de efeito no roteiro e alguma canastrice nos atores. A direção de arte tampouco é deslumbrante: não sei se por problemas de orçamento ou se a corte sueca do século 17 não era mesmo das mais ricas. O filme ainda nem estreou lá fora e está sendo exibido pela Mostra de SP, mas acho que não irá muito longe. Ainda não foi dessa vez que esgotaram a história de Cristina, a rainha culta que tentou transformar seu país num "salon" de artistas e intelectuais comandado por uma sapata. Uma espécie de Gertrude Stein coroada.

5 comentários:

  1. Cadê post sobre AHS: Hotel, com Leide Gaga?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não estou vendo. Na verdade, não estou morrendo de interesse...

      Excluir
  2. Não está perdendo nada. A série ta mais mórbida, quase doentia. Vi 2 eps e me deu um mau estar da porra. Pra mim passaram do ponto.

    ResponderExcluir
  3. A tradução correta seria "a menina rei".
    #joanelhafeelings

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não, a menina rei seria se em inglês fosse "The King Girl".

      Excluir