segunda-feira, 24 de agosto de 2015

SINCRONICIDADE

Meu marido passou mal no sábado e me pediu para comprar um remédio contra náusea. Pedi uma indicação para o farmacêutico e ele me recomendou Dramin, um medicamento do qual eu havia me esquecido totalmente. Naquela noite fui ao aniversário de uma amiga e uma das convidadas contou que tinha tomado Dramin para poder dormir num voo de longa distância. Ontem conheci um americano que nasceu em Sleepy Hollow, uma cidadezinha no estado de Nova York. Cheguei em casa e liguei a TV - adivinha que filme estava passando? "Sleepy Hollow", conhecido no Brasil como "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça". Hoje de manhã li um artigo que citava um certo Eduardo Jorge (não o ex-candidato pelo PV). Logo depois, li na seção de cartas do jornal um reclamação assinada por um outro Eduardo Jorge. E estas foram só algumas das muitas coincidências que vêm me acontecendo nos últimos três dias. Carl Jung chamava isto de "sincronicidade". Em outros tempos, eu acharia que todos esses acasos seriam um sinal de que alguma coisa interessante estaria por acontecer. Hoje não sei mais se acredito nisto. E você, ainda pensa que o universo conspira a seu favor?

11 comentários:

  1. E na sexta assisti ao show "Atento aos Sinais", do Ney, no Tom Brasil.
    Fiquei pensando neste título, será que estamos atentos aos sinais que nos rodeiam, como você fez este fim de semana?

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  2. O mio babbino caro
    Isso sempre me fascinou. Mas e aí, o script já está pronto...Nada é por acaso. Existe destino, é espiritual. Maktub. É oque tinha que ser. Da mesma forma que se dá para coisas banais, se sucede em situações relevantes. É o grande não sei, mas acho bacana, e não dá para nos enganarmos, dizendo que foi um acaso ou coincidência que em outra situação não nos chamaria atenção. Fico com Mallarmé e seu lance de dados que jamais abolirá o acaso.

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  3. Aleatoriedade objetiva é quase um pré-requisito para o pensamento nos dias de hoje, mas não se pode negar o imenso conforto que o pensamento determinista ainda traz.

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    1. Primeiro comentário do The Fool que não é maior que o post que o acompanha.

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  4. Somos meras máquinas de ver padrões e acabamos vendo padrões nas pequenas improbalidades que percebemos no dia dia. Com tantos pequenos eventos acontecendo o tempo todo ao nosso redor, cada um com uma certa probabilidade de acontecer com aparente relação com outro, é de se esperar que notemos uma ou outra dessas coincidências num mundo tão (aparentemente) caótico.

    Vemos formas em estrelas aleatoriamente espaçadas nos cosmos que nada significam além do fato de terem a aparente forma que têm pelo posição específica da Terra e da distância até essas estrelas, que nada mais são do que bolas de gás, indiferentes de todos os assuntos terrenos.

    A vida toda é uma aleatoriedade e nós é que queremos dar sentido ao mundo. Mas o fato é que a única certeza nesse mundo é que nada é certo. Com a exceção é claro, de que após nossa vida insignificante, seremos levados ao paraíso ou sentenciados à danação eterna com base em preceitos morais (também aleatórios) escritos em uma pedra no século I por um grupo que se dizia mais ligado a Deus do que os outros.

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  5. Isso se chama "ilusão de frequência" ou fenômeno Baader Meinhof. É só o seu cerebro prestando mais atenção a fatos cotidianos que normalmente ele desprezaria.
    https://en.m.wikipedia.org/wiki/Baader-Meinhof_phenomenon#Frequency_illusion

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  6. Sincronicidade do ponto de vista Junguiano, é quando eventos aleatorios e não relacionados confluem para o acontecimento de um outro evento significativo, nem tudo é sincronicidade, a maioria é só consciência mesmo.
    Você que gosta de filme, reveja A Ponte de San Luis Rey, trata especificamente desse tema.

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    1. Rá! Outra coincidência. Outro dia, adivinha que história eu fui pesquisar na internet, nem me lembro mais por quê? "A Ponte de San Luis Rey".

      Mistééério...

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    2. Tony deve estar a frequentar o blogue da M0n0t3m4t1c4

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  7. Nunca ouvi falar que coincidência seria aviso de coisa boa. Ver o namorado do amigo traindo na sauna está nessa classificação? Alguns diriam que não, pois todos os gays seriam liberais e não existe traição entre gays.

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  8. Sim, acredito, apesar de ficar parecendo infantil e bobo quando afirmo acreditar nessas coisas. Mas acho que o mundo anda sisudo e chato de mais com tanta racionalidade e pensamento analítico. Às vezes a mente sente falta do conforto daquela simplicidade do pensamento da criança que acredita no "impossível", se não a gente surta de vez.

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