terça-feira, 11 de agosto de 2015

REVISTINHA SUECA


A Suécia foi um dos primeiros países do mundo a legalizar a pornografia, no começo dos anos 70. Um dos resultados foram as famosas "revistinhas suecas", uma das possessões mais preciosas e cobiçadas da época da minha adolescência. Esse começo foi só para dizer que eu vou passar em revista dois lançamentos recentes da música pop da Suécia. Desde os tempos do ABBA, o país se tornou a terceira maior potência global do gênero, atrás apenas dos EUA e da Grã-Bretanha. Seus compositores e produtores são disputados por artistas do mundo inteiro. Eles estão por trás de vencedores do Eurovision e dos ídolos do K-Pop, por exemplo. Mas de vez em quando fazem trabalhos para si mesmos. É o caso do Galantis, uma dupla de DJs/produtores que inclui o semi-famoso Bloodshy, parte do trio Miike Snow e co-autor do "Toxic" da Britney Spears. Este novo projeto não tem nada de experimental. Pelo contrário: o Galantis só quer emplacar hits e botar o povo pra dançar nos festivais de música eletrônica. Todas as faixas do álbum "Pharmacy" têm apelo comercial, o que chega a ser irritante se ouvidas em sequência. Mas não há apelaçâo como a dos conterrâneos Aviici e Alesso nem vocalistas sensualizando, e sim uma preocupação em fazer vídeos interessantes. Achei divertido, ainda que meio para adolescentes (o público das revistinhas, hehehe).

Os mais crescidinho vão preferir Jay-Jay Johanson, há anos na estrada. "Opium" não traz grandes novidades: ele continua cantando bem sobre tristonhas bases eletrônicas (o rockinho "Moonshine", o primeiro single, é uma exceção). Jay-Jay nunca foi muito famoso no Brasil, apesar de já ter emplacado música em trilha de novela e feito alguns shows por aqui. Merece deixar de ser "cult", pois é um dos pratos mais finos desse smorgasbrod que é pop sueco.

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