O cinema argentino desandou? Ou os poucos filmes que têm chegado até aqui não são representativos da cinematografia de lá? "Las Insoladas" é o quarto espécime que eu vejo este ano, e a quarta decepção. O diretor Gustavo Toretto emplacou um hit com o mediano "Medianeras", que todo mundo ama menos eu. Ele parece ter se obrigado a ambientar seus filmes em prédios, pois este se passa quase todo numa cobertura em Buenos Aires. Não há plot: só seis portenhas numa laje falando sem parar. Todas reclamam muito da vida, apesar de jovens e saudáveis. Como o filme se passa nos anos 90, há detalhes engraçados como um recém-chegado celular (ainda com antena) e menções ao ex-presidente Menem (eu não sabia que a gente deve se benzer quando ouve o nome dele, porque dá um azar pelotudo). Mas Toretto acha suas garotas muito mais interessantes do que elas realmente são. A câmera lambe com volúpia os corpos dourados, que são todos bonitos - já os rostos... Só que nenhuma delas se torna um personagem palpável, com passado e presente. O futuro, já sabemos que dificilmente se realizará, posto que elas sonham com uma viagem a Cuba que está fora do alcance de seus bolsos. "Las Insoladas" não chega a ser chato, mas para mim só serviu para matar as saudades do sotaque de Baires. Cadê o "Relatos Selvagens" de 2015?
El Clan vem aí.
ResponderExcluirPor falar em cinema argentino, assisti a 'Hawaii' (Marco Berger) recentemente e adorei! Já tinha gostado de 'Plano B' e 'Ausente", mas o roteiro singelo de 'Hawaii' me pegou de jeito.
ResponderExcluirO filme argentino El CLAN é muito bom! Foi a estreia da semana em Buenos Aires.
ResponderExcluirRelatos selvagens esta buenisima, tan buena cuanto el secreto de sus ojos...
ResponderExcluirTan buena como
ExcluirGraciassss kkkkkk
ExcluirEsse eu não vi, mas o Medianeras eu adoro (quem não quer dar colinho pro Drolas). Se eu fosse fazer um lista de filmes chatíssimos, com certeza o Hawaii e o Ausente estariam nela.
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