sábado, 13 de setembro de 2014

PRA QUE TANTO CÉU

Todo filme de episódios é, por definição, irregular. Tem sempre uns melhores que os outros, e o resultado final nunca é plenamente satisfatório. Com "Rio, Eu te Amo" acontece algo ainda mais frustrante: nenhum dos 11 curtas chega a ser incrííível, e alguns são francamente ruins. O mais impactante é mesmo o quase censurado "Inútil Paisagem", onde Wagner Moura desabafa com o Cristo Redentor. Mas é pouco mais do que uma cena. As outras histórias, que misturam atores brasileiros e estrangeiros, também exploram a beleza carioca, mas algumas poderiam se passar em qualquer lugar do mundo. Alguns críticos estão reclamando do caráter "turístico" do filme. Eu não: adoro fazer turismo, mesmo no lugar onde eu nasci. Só que, apesar do excesso de cartões postais, senti falta da zona norte, da praia, do samba, de Copacabana... Óbvio que um único filme não daria conta de toda a cidade. Saí do cinema pensando no que eu faria se, por milagre, eu fosse convidado a contribuir com um episódio. Acho que algo inspirado no Alair Gomes, aquele fotógrafo que flagrava os homens mais bonitos da praia sem que eles se dessem conta. Mas o meu curta teria final feliz.

14 comentários:

  1. Parabéns por não chamar a zona norte de "subúrbio".

    ResponderExcluir
  2. Também achei fraco e alguns episódios chatos, e outros angustiadamente chatos (como o do John Turturro com a Vanessa Paradis). Gostei do garotinho Cauã Antunes no episódio "Milagre" com o Harvey Keitel. Na média, 5.

    ResponderExcluir
  3. Os críticos não toleram que o Rio de Janeiro é a única cidade icônica do Brasil. Quando o Rio ganha um destaque internacional, chamam de "propaganda turística". Então Nova York, que aparece em 70% dos filmes americanos, deve se dar bem com toda a "propaganda" que recebe. Lidem com isso, críticos brasileiros! Nem por isso Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, etc, são inimportantes. Los Angeles e Toronto são cidades super importantes...mas não são icônicas, sorry! Beijo, Brasil

    ResponderExcluir
  4. Discordo de vc, não sei quem são os críticos aos quais você se refere, mas observo que os brasileiros amam o Rio de Janeiro, inclusive como uma espécie de capital afetiva do Brasil, quanto a alguns cariocas de discurso boçal e provinciano...

    ResponderExcluir
  5. O episódio com Ryan Kwanten e Marcelo Serrado é um romance gay ou não ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É gay sim, e baseado na história real do diretor Stephan Elliott (que também fez "Priscilla, a Rainha do Deserto"). Consta que, quando ele veio pela primeira vez ao Rio, se apaixonou pelo guia e ficaram juntos um tempão.

      Excluir
    2. Que bacana saber ! :)

      Excluir
  6. E a pergunta que não quer calar....o Serrado trocou saliva com o loiraço gringo ou não? Afinal, segundo ele, este foi o seu último papel como homossexual.

    ResponderExcluir
  7. Gente, que filme ruinzinho. E começa tão bem...

    ResponderExcluir
  8. Não sei oq há, mas meu s comentários não estão mais aparecendo aqui...rs. Bem, assisti, detestei e tb falei sobre...se tiver um tempo e paciência, passe pra ler...abração.

    http://eleojamal.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  9. Às vezes têm uns comentários que vão direto para a caixa de spam, não sei por quê. Mas hoje a caixa de spam está vazia. Tenta de novo, Rafael!

    ResponderExcluir
  10. Que fotossss são aquelas? Sou mulher, hetero... e nada me oferece mais tesão do que um corpo masculino sob a ótica (ou tato ou trato rsrsrs) de outro homem.

    ResponderExcluir