terça-feira, 23 de setembro de 2014

AS IT BEGAN


Tornei-me um súdito do Queen em 1974, quando um amigo me emprestou "Queen II" - talvez o meu disco favorito de todos os tempos. Permaneço fiel à banda até hoje, mas ainda acho que a excelência dos primeiros álbuns jamais foi ultrapassada. Imagina minha trepidação quando soube que dois shows bem antigos seriam lançados pela primeira vez em CD e DVD. "Live at the Raibow '74" foi gravado no mesmo lugar e no mesmo ano, mas em datas diferentes. O primeiro disco, registrado em março de 1974, é a última apresentação da turnê de "Queen II". O segundo, de novembro, já traz muitas canções do terceiro álbum, "Sheer Heart Attack". Isto quer dizer que muitos clássicos de Freddie Mercury e cia. finalmente ganham versões oficiais ao vivo, como "Liar" ou "Father to Son" - eles foram cortados do repertório dos shows que a banda fazia no final da carreira. Além da qualidade técnica excepcional (foi tudo remasterizado), "Live at the Rainbow '74" mostra que, mesmo em seus primórdios, o Queen já estava maduro. E, apesar das músicas pesadas tanto nas letras como na sonoridade, Freddie faz piadas com a plateia como o entertainer completo que sempre foi. Aliás, esta é a encarnação dele de que eu mais gosto: cabelos compridos, cara limpa, figurinos majestosos da estilista Zandra Rhodes. E as unhas da mão esquerda pintadas de preto...

6 comentários:

  1. oi Tony! Como fã do Queen since ever, quero aproveitar o gancho e discordar de uma colocação que você já fez algumas vezes aqui no blog; a de que Freddie Mercury é um ícone gay. Para mim ele está tão acima de qualquer denominação, que eu o vejo " somente " como "o " ícone, ponto! Grande abraço!

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    1. Freddie é um ícone e era gay. Mas não sei se pode ser considerado um ícone gay: ele nunca admitiu ser sequer bissexual, e só confirmou que estava com AIDS 24 horas antes de morrer. Não era exatamente um campeão da causa. Mas também era muito apolítico: nunca se engajava em nada. Hoje em dia seria muito mais cobrado.

      Mesmo assim, continua sendo o maior ídolo que eu tive em toda a minha vida.

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    2. Também é o meu maior ídolo; e concordo que a postura, ou melhor , a falta de postura frente a estas questões hoje em dia não passariam batido. Talvez por isso mesmo é que eu não consiga ver cor, raça, sexo quando o assisto; vejo nele um showman completo, único e insubstituível! Mas sem querer parecer cega de amor ao meu ídolo...rsrs..., como seria bom se os integrantes remanescentes do Queen parassem de insistir em uma cinebiografia chapa branca de Freddie; seria maravilhoso termos acesso às deliciosas histórias de bastidores que seus colegas de banda querem preservar!

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    3. Freddie gostava de cocaína. Mais do que das histórias de sexo, acho que querem preservar a imagem de limpinho.

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  2. Melina era - como toda bee poderosa - insuportável.

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    1. Aviso aos não-iniciados: Melina era como as zamigue chamavam Freddie na intimidade (por causa da atriz grega Melina Mercouri).

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