sábado, 23 de agosto de 2014

PRATO FRIO

"Bistrô Romantique" é o segundo filme "gastronômico" a estrear no Brasil este mês (o primeiro foi "Chef", e ainda vem mais um por aí). É uma comédia belga que parte não de uma receita, mas de uma fórmula: várias histórias de amor que se cruzam na mesma noite, num restaurante elegante de Antuérpia. A noite é da do Dia dos Namorados e o cardápio é especial. Só tem pratos que incitam a paixão, com ingredientes como ostras, aspargos e licor de rosas. Mas paixão é justamente o que falta no roteiro e na direção, mais frios do que um bife congelado. Várias situações que renderiam piadas são simplesmente desperdiçadas, e os atores sem carisma não deixam que a gente se interesse pelos personagens. Talvez seja um dado cultural - afinal, os flamengos não são exatamente conhecidos por seu humor contagiante, e vai ver que o que é considerado hilário por lá se perde na tradução. Para piorar, o final é o menos romântico possível. Pelo menos as tomadas de comida são de dar água na boca, mas para isto existem revistas.

4 comentários:

  1. Oi Tony, você já ouviu falar de Aimée Hereen?
    Ela foi uma brasileira que se tornou famosa no jetset internacional. As más línguas dizem que foi amante de Getúlio Vargas. Casado com um milionário americano, foi amiga de várias celebridades internacionais, como Coco Chanel.

    http://mcals.blogspot.com.br/2012/12/getulio-vargas-e-aimee-em-minhas-casa.html

    Vi esta página sobre ela e me lembrei de você...

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  2. Não, não conhecia. Obrigado pela dica.

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  3. Sorry, periferia, mas não conhecer Aimée em um blog de viadagem é pior que a chapinha do Feliciano.
    Aimée de Heeren era uma paranaense linda e conscia de seu poder. Mandou o marido pastar e foi para a Europa. Depois tornou-se amante do Assis de Chateaubriand e, como reclamasse que perdia muito tempo na Alfândega cada vez que vinha ao Brasil, Chatô conseguiu nomea-la consul em Biarritz, então um lugar da moda. Depois trocou o gordo por Heeren, um minerador europeu, e foram felizes para sempre.
    Bons tempos quando as putas eram como Aimé de Heeren e não tais e quais Rosemary Noronha
    PS: Aimée era prima dos banqueiros Indio da Costa, hoje em cana.

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  4. Isso de "puta" é muito relativo, naquela época, naquele contexto, era normal as mulheres não trabalharem e viverem da fortuna dos seus maridos. Interessante essa descrição dela, que morreu aos 103 anos de idade:
    http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/casa-e-decoracao,amada-dentro-e-fora-do-pais,278285

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