sexta-feira, 28 de junho de 2013

COMEÇAR DE NOVO

Quem não gostaria de voltar no tempo, sabendo tudo o que sabe hoje? Escapar das ciladas, evitar os maus elementos, fazer as escolhas certas. Esta fantasia recorrente já rendeu alguns filmes bons, como o "Peggy Sue, Seu Passado a Espera" do Coppola. Outros nem tanto: é o caso de "Camille Outra Vez", que meio que desperdiça um argumento rico em possibilidades. O filme chegou a ser indicado aos Césars deste ano, mas está a anos-luz de distância da qualidade de "Amour", o vencedor do prêmio. A proposta da atriz, diretora e roteirista Noémie Lvovsky é mais do que simpática, mas o resultado na tela ficou longe do esperado. Ela faz uma quarentona em plena crise existencial, que vai mal no trabalho e mal no casamento. Durante uma festa de réveillon, toma um porre e cai dura no chão. Acorda 25 anos atrás, quando era adolescente e seus pais ainda eram vivos. A graça toda é que sempre a vemos com 40 e tantos anos, usando os leggings coloridos dos anos 80 ou atacando um rapazinho virgem com a voracidade de uma mulher experiente. Mas é pouca graça, deixando os momentos realmente cômicos muito espaçados entre si. A conclusão, então, é nem lá nem cá. Ainda não entendi o que foi que os franceses viram nessa comédia frustrada.

2 comentários:

  1. Nem quando Tonhão é matéria de jornal ele deixa de ser ferino! Danado! Passou tão rápido hoje ...

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  2. pena que todo filme feito aqui, a ancine mete o dedo, e sempre tem dinheiro publico infelizmente, nos temos um solo otimo, mas nao temos cineastras malucos que nao sedem pro boquete do governo.
    isso que me faz assistir telecine cult.

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