terça-feira, 15 de janeiro de 2013
PERNAS PRA QUE TE QUERO
Tem gente incomodada porque os únicos filmes brasileiros que estouram nas bilheterias são as comédias bobas. Acham que a cultura nacional foi para o caralho, que o mundo está perdido, que a inclusão digital foi longe demais e por aí vai. Pois eu acho que o simples fato de termos cinco ou seis filmes por ano que ultrapassem os dois milhões de espectadores é um sinal de maturidade, seja lá qual for o gênero deles. É só com "blockbusters" que se constrói uma verdadeira indústria cinematográfica, com ritmo regular de produção e emprego para muita gente. É por isto que eu adoro o sucesso de "De Pernas pro Ar 2" - o filme em si, nem tanto. Apesar dele ser melhor que o primeiro, com mais piadas e situações ligeiramente menos forçadas. Ingrid Guimarães está em pleno domínio de seu timing cômico, e é uma lástima que tenha que contracenar com Eriberto "Roberto" Leão, o pior ator brasileiro em atividade. Ele mais uma vez dá um show de canastrice: não consegue nem mesmo ver as horas no relógio de maneira convincente. Nem por isto o público deixa de gargalhar e de lotar as salas. Aposto que o "3" vem aí, e tomara que em seu rastro surja dinheiro e oportunidade para outros filmes, de todos os tipos.
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É o mesmo que acontece no mercado editorial (onde trabalho): é preciso Harry Potters, 50 Tons e afins para que as editoras tenham suporte financeiro pra lançar livros mais sérios e menos 'vendíveis'.
ResponderExcluirVerdade. Não é o tipo de filme que eu me prestaria a ver no cinema, mas os filmes comerciais são fundamentais.
ResponderExcluirsem contar que assim sendo, os roteiristas e os demais podem garantir o leitinho das crianças, né tony?
ResponderExcluireu ia assistir de novo a viagem, mas acabei mudando de ideia e vi esse filme ontem- o primeiro filme nacional que vejo no cinema, por influencia do primeiro que passou ha duas semanas atras na globo, e me surpreendeu por realmente ter cenas engracadas, sem forcar a barra e o senso de ridiculo, coisa que eu acho rarissimo em filmes de comedia no geral. e uma pena que o nivel de humor da metade do filme, nao se mantenha ate o final, e acredito que as otimas participacoes que aparecem na sequencia da rehab poderiam ter se prolongado mais. tbm achei o eriberto dispensavel. qdo ele apareceu no spa eu pensei ish tudo o que a ingrid conseguiu ate agora vai se perder- que deve ser parecido com o que acontece qdo a mariana ximenes aparece nos penetras- filme que me recuso a ver por detestar o tal eduardo. felizmente nao achei que isso aconteceu e ele rendeu até um momento tesão.
ResponderExcluirÉ, parece que finalmente enterramos os cadáveres insepultos do Cinema Novo.
ResponderExcluirQue porra de argumentos sao estes os que vc citou???!!!!!
ResponderExcluirSeria o mesmo dizer que deveriamos incentivar o crime/violencia pois estes tb geram muito mais empregos?
Que saudades dos bons tempos, onde cultura era CULTURA !
O problema e' que vai ficar somente nisso, nos filmes bobagens e nos empregos, os filmes bons nunca serao escritos e produzidos, ainda mais com a Globo estando a frente da maioria dos projetos, o que significa garantia de filme popularesco.
ResponderExcluirAjudem a decifrar se isso é piada ou fato: http://www.namorofake.com.br/
ResponderExcluir"os filmes bons nunca serao escritos e produzidos" - Anônimo, 2013.
ResponderExcluirJamais iria ao cinema para assistir qualquer filme com humorista de televisão, mas vi uma cena da primeira versão desse filme na TV esses dias e ri muito. A Ingrid vai a boate depois de anos casada e alguém oferece uma bala, ela acha que é um Halls e aceita. Sequência hilária!
ResponderExcluirSério que dá pra aguentar o Bruno Garcia fazendo papel de Bruno Garcia?
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