sábado, 30 de junho de 2012
REQUINTES DE CRUELDADE
Hoje era dia de soltar um post bem preguiçoso, já que está fazendo um dia deslumbrante no Rio e daqui a pouco eu vou para um almoço de aniversário que não tem hora para acabar. Mas aí leio o jornal e quase começo a gritar de horror: um garoto de 15 anos foi assaltado e morto em Volta Redonda, com requintes de crueldade. Lucas Ribeiro Pimentel foi espancado a pauladas, empalado e ainda teve os dois olhos furados antes de ter seu corpo jogado no rio Paraíba. E adivinha por quê? Pois é. O rapaz era gay. Hoje "O Globo" também traz como manchete o aumento do número de evangélicos no Brasil e publica um mapa meio óbvio. Os católicos ainda são maioria em municípios mais ricos como o Rio ou Niterói, mas o "povo de Deus" predomina na empobrecida Baixada Fluminense e no interior do estado, mais urbano do que rural. Volta Redonda faz parte deste interior... Ainda não identificaram os culpados por este crime bárbaro e duvido que os assassinos sejam ligados a alguma igreja. Mas fica cada vez mais difícil negar que a homofobia propagada por "bispos" e "pastores" não contribua de maneira decisiva para uma cultura de violência contra os homossexuais. Nós somos a encarnação do demônio, a escória da sociedade, aqueles em que é permitido jogar pedra e coisa pior. Vale lembrar que bastou UM crime parecido (e menos hediondo) para o Chile, católico e conservador, aprovar num piscar de olhos uma lei anti-homofobia. Aqui no Brasil só esta semana foram dois, fora os delitos menores que nem ganharam o noticiário. Talvez seja preciso que o filho de um figurão da base aliada seja morto para que Dilma ou Lula façam algo de concreto a respeito. Vestir boné de ONG não vale.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
BAIRRISMOS
Embarco daqui a pouco para um fim de semana no Rio de Janeiro, onde não ponho os pés desde o começo de abril. E, para não pagar de paulista com a rapeize, estou revendo o vídeo "O Jeitinho Carioca" para decorar as paradas mais iradas da hora, sacou, mermão? Caraca!
Mas é curioso como essa brincadeira aparentemente inocente não é uma unanimidade. O Rio é um assunto incrivelmente polarizador, e deu para perceber pelos comentários do meu post que muita gente odeia a antiga Guanabara, mesmo sem nunca ter posto os pés lá. Ainda mais profunda é a fenda entre a Zona Sul e o resto da cidade - que resto?, perguntariam os ipanemenses mais aguerridos. Até meu amigo Gilberto Scofield, um carioca que tem a curiosa missão de ser o correspondente d'"O Globo" em SP (e, como eu, colunista da revista "H"), entrou na polêmica em sua coluna na versão digital do jornal. Lá vai um trecho:
"Porque tirando uma ou outra piada que inclui o jeito de falar ou certas atitudes - a forma jeca de se encapotar quando a temperatura é de 20 graus - o resto de "O Jeitinho Carioca" é um apanhado de noções, quase sempre equivocadas, que os moradores da zona sul maravilha do Rio tem a respeito de outros grupos, de outros lugares. E de si mesmos.
Quando alguém fala que "a Barra é longe para caralho" e o outro rebate dizendo "imagina Niterói", ele cristaliza e eterniza aquela noção de morar mal que, na minha juventude, era dedicada aos suburbanos, ainda que muita gente viva muito melhor no Méier do que em Ipanema.
A carioquice não é convidativa, ela é excludente: aquela sensação de que, se você não mora no melhor da zona sul, mora longe."
Gilberto tem razão. O Rio, e em especial sua ZS, têm uma arrogância que irrita quem não é de lá. Mas aí eu pergunto: e porque não deveria ter? Se não fosse pela violência - que talvez esteja diminuindo - a orla do Leme ao Pontal seria simplesmente o melhor lugar do mundo. Todos os confortos de uma cidade grande num cenário de paraíso, mais uma cultura hedonista sem paralelo no planeta.
Mas claro que o povo dos outros bairros se ofende por se sentir excluído, pois também são cariocas. Fenômeno semelhante acontece em quase todas as metrópoles do mundo: Nova York não é só Manhattan, Buenos Aires não é só Barrio Norte e Recoleta, e assim por diante. Acontece que todos esses lugares citados são os símbolos de suas cidades. São suas atrações turísticas, são o que os visitantes querem ver. Que me perdoem os além-túnel, mas a maioria dos gringos não faz muita questão de conhecer o piscinão de Ramos.
Sim, nasci e passei meus primeiros anos na Zona Sul, mas meu pai era um cearense radicado na Tijuca e até hoje tenho família por lá. Também moro em Sampa (coisa que só os cariocas falam) há décadas, então acho que tenho distanciamento brechtiano para falar do assunto (e proximidade com todas as partes envolvidas). A Zona Sul ainda é, com o perdão pelo óbvio, o cartão-postal da cidade. É para onde quem se muda para o Rio sonha em morar. Aliás, pela disparada nos preços dos imóveis, onde meia humanidade sonha em morar.
Mal comparando: esta divisão não existe em São Paulo, pelo menos não tão acirrada. Talvez porque SP seja uma cidade que cancelou a geografia: encanou rios, passou por cima dos morros, dizimou a vegetação. Por aqui, todos os pontos de referência são artificiais. E sim, há zonas norte, sul, leste e oeste, além de uma enorme periferia e um cinturão de cidades-satélites. Mas as rivalidades inter-municipais são suaves se comparadas às cariocas. Quem mora na Mooca não "odeia" quem mora em Santana.
Talvez também porque em São Paulo quase todo mundo vem de fora. Se não a própria pessoa, provavelmente os pais: é raro encontrar paulistanos de terceira ou quarta geração. É um cidade gigantesca mas ainda em formação. Está longe de ter uma personalidade nítida e definida. Claro, há um sotaque - mais de um, aliás, e mais diferenciados entre si que os do Rio - mas ainda não há um "jeitinho paulista" tão folclórico como do outro lado da Dutra.
Podia ficar horas neste assunto, mas o post já está ficando longo demais e perdendo o foco. Bairrismos são desagradáveis, mas também são engraçados. E inevitáveis: o homem ainda é um animal territorial. Lidemos com isto.
Mas é curioso como essa brincadeira aparentemente inocente não é uma unanimidade. O Rio é um assunto incrivelmente polarizador, e deu para perceber pelos comentários do meu post que muita gente odeia a antiga Guanabara, mesmo sem nunca ter posto os pés lá. Ainda mais profunda é a fenda entre a Zona Sul e o resto da cidade - que resto?, perguntariam os ipanemenses mais aguerridos. Até meu amigo Gilberto Scofield, um carioca que tem a curiosa missão de ser o correspondente d'"O Globo" em SP (e, como eu, colunista da revista "H"), entrou na polêmica em sua coluna na versão digital do jornal. Lá vai um trecho:
"Porque tirando uma ou outra piada que inclui o jeito de falar ou certas atitudes - a forma jeca de se encapotar quando a temperatura é de 20 graus - o resto de "O Jeitinho Carioca" é um apanhado de noções, quase sempre equivocadas, que os moradores da zona sul maravilha do Rio tem a respeito de outros grupos, de outros lugares. E de si mesmos.
Quando alguém fala que "a Barra é longe para caralho" e o outro rebate dizendo "imagina Niterói", ele cristaliza e eterniza aquela noção de morar mal que, na minha juventude, era dedicada aos suburbanos, ainda que muita gente viva muito melhor no Méier do que em Ipanema.
A carioquice não é convidativa, ela é excludente: aquela sensação de que, se você não mora no melhor da zona sul, mora longe."
Gilberto tem razão. O Rio, e em especial sua ZS, têm uma arrogância que irrita quem não é de lá. Mas aí eu pergunto: e porque não deveria ter? Se não fosse pela violência - que talvez esteja diminuindo - a orla do Leme ao Pontal seria simplesmente o melhor lugar do mundo. Todos os confortos de uma cidade grande num cenário de paraíso, mais uma cultura hedonista sem paralelo no planeta.
Mas claro que o povo dos outros bairros se ofende por se sentir excluído, pois também são cariocas. Fenômeno semelhante acontece em quase todas as metrópoles do mundo: Nova York não é só Manhattan, Buenos Aires não é só Barrio Norte e Recoleta, e assim por diante. Acontece que todos esses lugares citados são os símbolos de suas cidades. São suas atrações turísticas, são o que os visitantes querem ver. Que me perdoem os além-túnel, mas a maioria dos gringos não faz muita questão de conhecer o piscinão de Ramos.
Sim, nasci e passei meus primeiros anos na Zona Sul, mas meu pai era um cearense radicado na Tijuca e até hoje tenho família por lá. Também moro em Sampa (coisa que só os cariocas falam) há décadas, então acho que tenho distanciamento brechtiano para falar do assunto (e proximidade com todas as partes envolvidas). A Zona Sul ainda é, com o perdão pelo óbvio, o cartão-postal da cidade. É para onde quem se muda para o Rio sonha em morar. Aliás, pela disparada nos preços dos imóveis, onde meia humanidade sonha em morar.
Mal comparando: esta divisão não existe em São Paulo, pelo menos não tão acirrada. Talvez porque SP seja uma cidade que cancelou a geografia: encanou rios, passou por cima dos morros, dizimou a vegetação. Por aqui, todos os pontos de referência são artificiais. E sim, há zonas norte, sul, leste e oeste, além de uma enorme periferia e um cinturão de cidades-satélites. Mas as rivalidades inter-municipais são suaves se comparadas às cariocas. Quem mora na Mooca não "odeia" quem mora em Santana.
Talvez também porque em São Paulo quase todo mundo vem de fora. Se não a própria pessoa, provavelmente os pais: é raro encontrar paulistanos de terceira ou quarta geração. É um cidade gigantesca mas ainda em formação. Está longe de ter uma personalidade nítida e definida. Claro, há um sotaque - mais de um, aliás, e mais diferenciados entre si que os do Rio - mas ainda não há um "jeitinho paulista" tão folclórico como do outro lado da Dutra.
Podia ficar horas neste assunto, mas o post já está ficando longo demais e perdendo o foco. Bairrismos são desagradáveis, mas também são engraçados. E inevitáveis: o homem ainda é um animal territorial. Lidemos com isto.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
DÉPAYSEMENT
Há meses que eu sofro com as obras do shopping JK Iguatemi, vizinhas ao prédio onde trabalho em SP. O trânsito realmente piorou, e olha que as outras 700 torres que fazem parte do complexo ainda nem foram ocupadas. Cheguei a dar uma entrevista enfurecida para uma repórter da TV Brasil. É o jeitinho brasileiro em sua pior versão: neguinho não faz os viadutos que havia se comprometido a fazer, mas pressiona pela inauguração do troço porque milhares de pessoas correm o risco de perder o emprego. Apesar de muitas lojas não estarem prontas, o shopping acabou abrindo sexta passada e durante o fim de semana entupiu as vias de acesso que antes ficavam desertas.
Minha revolta sossegou depois que fui conhecer o lugar na segunda-feira. As grifes internacionais estão todas lá, mas o que me deixou ensandecido foi a loja da grife argentina Etiqueta Negra - simplesmente a minha 2a. favorita do mundo, atrás apenas do Paul Smith. Lá posso usar tudo, porque as roupas não são feitas para a molecada (é bom lembrar que senhores da minha idade têm poucas opções além da Casa José Silva). Também me surpreendi com a chegada de outra marca argentina, Paula Cahen d'Anvers, de moda feminina bem careta e distante do gosto tupiniquim. E só aumentei a minha sensação de dépaysement, de estar em outro país, tomando um sorvete de doce de leite com doce de leite no Freddo (que já existia em São Paulo, mas não na minha rota) e asssitindo a um filme numa sala da Cinépolis, uma rede mexicana de cinemas.
Metade da graça de se passear num templo do supérfluo como este é se escandalizar com os preços praticados. A verdade é que lojas como a Dolce & Gabbana e a Burberry estão cobrando menos do que o esperado por algumas peças, mas nossa moral pseudo-católica / sentimento de culpa social / invejinha não passa incólume por algumas vitrines. Como a da Ladurée, onde uma caixinha com seis macarons custa 100 reais. Ou a da Goyard, rival histórica da Louis Vuitton, que oferece uma mala-armário gigantesca com gavetas e cabides, para a roupa viajar pendurada e você matar de inveja as outras passageiras do Titanic. Adivinha quanto custa? Mais de 237 mil reais. Sim, também achei que o ponto estava no decimal errado, mas é isto mesmo. Mais do que uma casa popular. Uma mala. Adoro.
Minha revolta sossegou depois que fui conhecer o lugar na segunda-feira. As grifes internacionais estão todas lá, mas o que me deixou ensandecido foi a loja da grife argentina Etiqueta Negra - simplesmente a minha 2a. favorita do mundo, atrás apenas do Paul Smith. Lá posso usar tudo, porque as roupas não são feitas para a molecada (é bom lembrar que senhores da minha idade têm poucas opções além da Casa José Silva). Também me surpreendi com a chegada de outra marca argentina, Paula Cahen d'Anvers, de moda feminina bem careta e distante do gosto tupiniquim. E só aumentei a minha sensação de dépaysement, de estar em outro país, tomando um sorvete de doce de leite com doce de leite no Freddo (que já existia em São Paulo, mas não na minha rota) e asssitindo a um filme numa sala da Cinépolis, uma rede mexicana de cinemas.
Metade da graça de se passear num templo do supérfluo como este é se escandalizar com os preços praticados. A verdade é que lojas como a Dolce & Gabbana e a Burberry estão cobrando menos do que o esperado por algumas peças, mas nossa moral pseudo-católica / sentimento de culpa social / invejinha não passa incólume por algumas vitrines. Como a da Ladurée, onde uma caixinha com seis macarons custa 100 reais. Ou a da Goyard, rival histórica da Louis Vuitton, que oferece uma mala-armário gigantesca com gavetas e cabides, para a roupa viajar pendurada e você matar de inveja as outras passageiras do Titanic. Adivinha quanto custa? Mais de 237 mil reais. Sim, também achei que o ponto estava no decimal errado, mas é isto mesmo. Mais do que uma casa popular. Uma mala. Adoro.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
CAMP-IRISMO
-Tim Burton sempre foi um fantástico criador de universos, mas como contador de histórias ele é bem do mais ou menos. Seus filmes quase sempre me decepcionam: fico seduzido pelo trailer fabuloso e depois me aborreço quando vejo a coisa inteira. Por isto, é com enorme satisfação que anuncio que "Sombras da Noite" entrega tudo o que promete. É a adaptação de uma soap opera vampiresca exibida na TV americana entre 1966 e 1971, e o primeiro acerto do roteiro é manter a ação no começo da década de 70. O outro é tornar a história delirantemente coesa, sem passos em falso - algo raro em se tratando de Tim Burton. O que é comum para o diretor são cenários, figurinos e efeitos especiais sensacionais, e um elenco afiadíssimo. Johnny Depp confirma mais uma vez porque é um dos meus atores favoritos: seu vampiro de 200 anos se equilibra na linha fina entre a caricatura camp e a dor que deveras sente, com a nobreza de um aristocrata do século 18 e o espanto previsível que ele sente ao acordar no século 20. No mais, dá para desconfiar que Alice Cooper é mesmo um vampiro: 40 anos depois, o cara permanece idêntico ao que era na época de "No More Mr, Nice Guy". E será que Michael Jackson também era? Há uma óbvia citação ao falecido quando o protagonista surge de óculos, chapéu, luvas e guarda-chuva.
TEOCRACIA, NÃO!
É isto mesmo, produção? Quer dizer então que amanhã a Câmara dos Deputados vai discutir a legalidade dos dispositivos do Conselho Federal de Psicologia que proíbem a "cura" de homossexuais? Em que século estamos mesmo? Porque este debate é digno da Santa Inquisição. É um absurdo que não tem tamanho: onde já se viu deputado decidindo o que é ciência ou não? E imagine a grita que seria se algum projeto de lei vedasse a homofobia nas igrejas. A bancada evangélica adora posar de perseguida e dizer que cerceam sua liberdade de expressão, mas são eles quem querem impor seus preconceitos ao resto da sociedade. Está mais do que na hora de surgir um movimento contrário a essa onda. Não algo que pregue a cobrança de impostos dessas religiões fajutas (algo que é proibido por uma cláusula pétrea na constituição), mas que proponha a resistência de quem não é crente a essa violentação do estado laico. Os políticos "de Deus" (o deles, que não existe) querem submeter à força toda a população, e no fundo é só para que o Brasil inteiro lhes pague dízimo. Acorda, gente: teocracia, não!
E quis o destino que hoje saísse mais uma notícia hedionda: a dos dois irmãos que foram espancados no interior da Bahia, só porque estavam andando abraçados. Um morreu. Depois vem o Silas Malafaia dizer que "no Brasil não há homofobia". O mesmo cara que se intitula "o inimigo número 1 dos direitos dos gays"!! Só mesmo aqui, com essa imprensa banana que nós temos, que um cara pode cair numa contradição dessas sem que ninguém o exponha ao ridículo. No Chile, um país ultra-católico, bastou UM assassinato nestes moldes para que o Congresso aprovasse a toque de caixa a criminalização da homofobia. Mas por aqui, enquanto Lula, Serra e quase todos os outros bajularem esses charlatães vigaristas, vamos continuar reclamando e esperneando à toa. E apanhando.
(Leia também este ótimo artigo do Francisco Hurtz no MixBrasil)
E quis o destino que hoje saísse mais uma notícia hedionda: a dos dois irmãos que foram espancados no interior da Bahia, só porque estavam andando abraçados. Um morreu. Depois vem o Silas Malafaia dizer que "no Brasil não há homofobia". O mesmo cara que se intitula "o inimigo número 1 dos direitos dos gays"!! Só mesmo aqui, com essa imprensa banana que nós temos, que um cara pode cair numa contradição dessas sem que ninguém o exponha ao ridículo. No Chile, um país ultra-católico, bastou UM assassinato nestes moldes para que o Congresso aprovasse a toque de caixa a criminalização da homofobia. Mas por aqui, enquanto Lula, Serra e quase todos os outros bajularem esses charlatães vigaristas, vamos continuar reclamando e esperneando à toa. E apanhando.
(Leia também este ótimo artigo do Francisco Hurtz no MixBrasil)
terça-feira, 26 de junho de 2012
IMAGINA ISSO NA COPA
A essa altura todo mundo já viu, mas não posso deixar de registrar no meu blog essa pequena maravilha. Que atire o primeiro biscoito Globo o carioca que não fala todo dia pelo menos umas cinco dessas frases. E quando é que outros estados e grandes cidades brasileiras vão fazer suas versões do "Shit ... Say"?
FAZENDO BARULHO


MEU NOME NÃO É 54

segunda-feira, 25 de junho de 2012
AS MINA PIRA
Marisa Monte conta em seu novo show que convidou Mina, a maior cantora popular italiana de todos os tempos, para gravarem "Ainda Bem" em dueto. Mina pirou tanto com a canção que resolveu gravá-la sozinha em seu disco "Piccolino", em solo e em português. Marisa não ligou - na verdade, ficou lisonjeadíssima. E resolveu homenagear a diva cantando um de seus antigos sucessos, "Sono Come Tu Me Voi". Em italiano mesmo (no vídeo abaixo ela erra a letra). Ainda bem.
RATO MOLHADO

domingo, 24 de junho de 2012
MARISA DE PERTO

sábado, 23 de junho de 2012
VOCÊ FALA BINÁRIO?
Hoje se comemora o centenário de Alan Turing, talvez o mais importante indivíduo da história da computação. Este inglês que desenvolveu códigos secretos para os aliados durante a 2a. Guerra Mundial é uma pedra fundamental da informática, mas teve um fim inglório. Turing era gay, o que era proibido naquela época. Condenado à castração química, preferiu comer uma maçã envenenada, em 1954. Um pioneiro e um mártir, que finalmente está recebendo as homenagens que merecia em vida. Uma delas é o doodle que o Google lançou hoje. Não há instruções, mas o objetivo é soletrar a palavra "Google" usando o sistema binário, apenas com 1s e 0s. Bico, não é mesmo? Nem com este vídeo tutorial aí em cima eu entendi um caralho da porra. Alguma alma caridosa pode me explicar?
sexta-feira, 22 de junho de 2012
OS GUAIS DEVEM ESTAR LOUCOS

quinta-feira, 21 de junho de 2012
ESTRELA EM ESTADO BRUTO

DO ARMÁRIO À CAPA

quarta-feira, 20 de junho de 2012
PAPAI, QUERO SER POPSTAR

terça-feira, 19 de junho de 2012
MULHER MACHO SIM SENHOR

QUANDO EU VIM PARA ESSE MUNDO...

segunda-feira, 18 de junho de 2012
O HORROR, O HORROR

ATUALIZAÇÃO: Parece piada, mas a merda do Facebook REMOVEU a imagem do quadro "A Origem do Mundo" que eu postei ontem, chamando para este post aqui no blog. Pois é: como queríamos demonstrar!
EQUILÍBRIO DISTANTE

Não, não é. É esquisito. É desconfortável. E é assim que eu me sinto quando leio matérias pró e contra os direitos igualitários na minha querida "Folha de São Paulo". Porque as posições publicadas pelo jornal não têm efeitos iguais se levadas em prática. Se o casamento entre homossexuais for aprovado, o que acontece com seus oponentes? Rigorosamente nada. É exatamente o que se passa nos países que já o aprovaram. Alguns casais homo se casam, têm seus direitos garantidos e a vida segue em frente. Inclusive para os homofóbicos, que só se veem constrangidos a engolir a própria homofobia.
Agora, se são eles que têm a palavra final - derrotam o casamento, a PLC-122 e todos os projetos que pedem mais igualdade - a vida de todos os homossexuais piora muito. O que um sujeito como o Bolsonazi prega é "apenas" a volta ao status quo dos anos 50, com as bichas presas dentro do armário. E ai daquela que der pinta: pode ser demitida, humilhada em praça pública e até mesmo morta, tudo com a aprovação da sociedade e da lei.
Infelizmente, muitos héteros não entendem que este debate não é proporcional. Não gera resultados opostos, porém equivalentes. O que está em jogo é nada menos que a plena cidadania de algo entre 5 e 10% da população. Se esta parcela conseguir seu objetivo, os demais 90-95% não perdem nada. Se não conseguir, é ela quem perde tudo.
Este desabafo é só por causa da coluna de ontem da Suzana Singer, a excelente ombudsman da "Folha" (aqui, para assinantes do jornal e do UOL). Ela condenou a FSP por dar destaque exagerado a uma carta homofóbica em sua versão online, e também pela manchete que dizia que a maior torcida entre os presentes à Parada Gay é a do Corinthians. Um dado irrelevante que só serviu para gerar gracinhas e fomentar o preconceito. Suzana tem razão nisto, claro. Mas ela também livra a cara da seção "Tendências/Debates" por ter publicado um texto absurdo e mal embasado do vereador Carlos Apolinário, porque na mesma página havia um texto favorável aos gays assinado por Alexandre Vidal Porto. Como bem apontou uma leitora deste blog, tem dias em que a "Folha" escolhe tão mal alguns debatedores que deveria mudar o nome para "Superpop".
domingo, 17 de junho de 2012
PROMETEU MAS NÃO CUMPRIU

sábado, 16 de junho de 2012
RÉVEILLON ANTECIPADO
Fui terminantemente proibido de falar sobre moda pelo MM, jornalista consagrado e leitor assíduo deste blog. Como os comentários dele têm o poder de gelar meu coração, obedeci. Mas hoje vou abrir exceção e MM há de me perdoar: preciso comentar o desfile semestral do meu amigo R. Rosner, a quem dedico posts desde quando ele mostrava seus modelitos num galinheiro em Cotia. Rodrigo passou alguns anos na Casa dos Criadores e entrou na São Paulo Fashion Week em janeiro deste ano. Claro que a expectativa para sua segunda aparição no evento era imensa. Sou mais do que suspeito: mesmo se ele tivesse feito uma coleção inteira com piche e penas, eu seria só elogios. Mas suas ideias para o próximo verão me deixaram encantado, com uma leveza e uma brancura inéditas em seu estilo. Parecia que já era réveillon. Rodrigo diz que sua inspiração veio das nobres húngaras do século 19, mas o styling - que finalmente não tentou ofuscar as roupas - não deixou dúvidas: as modelos todas foram produzdias para se parecer com Jacqueline Dalabona, que desfilou para ele em priscas eras e é até hoje sua grande amiga. Mas ela não fala bem dele em seu blog, fala?
sexta-feira, 15 de junho de 2012
SENTINDO NA PELE

MANOREXIA

quinta-feira, 14 de junho de 2012
HEY BARRY, IT'S ME
Lembra da Obama Girl? Uma garota que gravou vários vídeos por conta própria e acabou se tornando um dos principais cabos eleitorais de Obama em 2008? A ideia fez tanto sucesso que foi copiada em 2010 pelo PT, com o Dilma Boy - que não viralizou do mesmo jeito porque um dos segredos da estratégia é a estrela do clipe pelo menos parecer ter tesão pelo candidato, o que evidentemente não era o caso no Brasil. Agora em 2012 surge o Obama Boy, inspirado pela recente declaração do presidente dos EUA em apoio ao casamento gay e encarnado pelo negão-magia Justin Brown. Desnecessário dizer que já está bombando na rede.
E agora gostaria de deixar registrado um compromisso público. Se, até as eleições de 2014, Dilma, Lula ou quem quer que seja o candidato petista declarar apoio ao casamento gay, eu gravo um vídeo nesse estilo e posto na internet. Mas atenção: a declaração tem que ser inequívoca, com todas as letras. Nada de "todo brasileiro merece respeito e a Constituição garante a igualdade" etc. Já pensou que sexy, eu cantando "I've Got a Crush on Lula"? Talvez ajude a eleger um evangélico.
E agora gostaria de deixar registrado um compromisso público. Se, até as eleições de 2014, Dilma, Lula ou quem quer que seja o candidato petista declarar apoio ao casamento gay, eu gravo um vídeo nesse estilo e posto na internet. Mas atenção: a declaração tem que ser inequívoca, com todas as letras. Nada de "todo brasileiro merece respeito e a Constituição garante a igualdade" etc. Já pensou que sexy, eu cantando "I've Got a Crush on Lula"? Talvez ajude a eleger um evangélico.
VIAJAR, PESQUISAR, FERVER

(Manny conta um pouco de sua experiência em São Paulo em seu blog.)
quarta-feira, 13 de junho de 2012
DESGRACIAS DE LA VIDA

SURPRESA: GAY TEM CONTA EM BANCO!

terça-feira, 12 de junho de 2012
SAY CHEESE

BACKLASH

segunda-feira, 11 de junho de 2012
FUTURO DO PRETÉRITO

Sei muito bem que a verdadeira democracia consiste na pluralidade de opiniões. Como dizia Voltaire: “não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las”. A “Folha de São Paulo” leva isto ao pé da letra e vive dando voz a apóstolos do ódio como Apolinário, Ives Gandra Martins e muitos outros, além de volta e meia dar destaque a cartas de leitores homofóbicos em sua versão online. Até aí, zuzo bem: não gosto, não publicaria, mas entendo. O que eu não entendo é a neutralidade oficial da “Folha” sobre o tema, como se as manifestações pró e contra os direitos LGBT não passassem de uma briga de vizinhos por causa de uma jaqueira.
Estava mais do que na hora da “Folha” fazer algo parecido. O jornal adora pagar de vanguarda, dizendo que defendeu as Diretas-Já e outras batalhas pela redemocratização do Brasil. Mas reluta em se engajar de maneira inequívoca naquela que é a última grande luta por direitos civis. E não deve ser só para não desagradar grande parte do leitorado, mas por convicção pessoal dos editores e proprietários. Dessa forma, a “Folha” vai contra a maré da história e contra os próprios princípios. Afinal, para ser “O Jornal do Futuro”, não basta ter um aplicativo para o iPad.
(Sim, sou colaborador da “Folha” há quase três anos, e assinante há mais de vinte. Por isto mesmo, me sinto absolutamente confortável para criticar o jornal.)
A MAIOR BANDA DE IPANEMA DO MUNDO




domingo, 10 de junho de 2012
ONDE VOCÊ ESTEVE A MINHA VIDA TODA?
Não sei porque Rihanna e outros artistas continuam gastando milhões de dólares para fazer vídeos mais ou menos. A versão oficial de "Where Have You Been", por exemplo, não chega aos pés do clipe caseiro produzido por Mattstache, o nome artístico de um professor de Nova Jersey chamado Matthew Ferguson. O cara já havia feito coisa parecida com "Turn Me On", de David Guetta e Nicki Minaj, que já foi visto mais de um milhão de vezes, e realmente precisa ter uma ideia diferente se quiser continuar viralizando. Mas fica a lição: milhões de dólares não são páreo para quem tem muitos pelos e pouca vergonha na cara.
sábado, 9 de junho de 2012
ANTES DA SEGUNDA-FEIRA

sexta-feira, 8 de junho de 2012
CANTANDO NA CHUVA
Atire a primeira pedra quem nunca teve vontade de sair rodopiando por um estacionamento empurrando um carrinho de supermercado. OK, eu também não, mas mesmo assim "I Just Want a Lover" é a música que eu mais tenho ouvido nesses dias chuvosos pré-Parada. O cantor Will Young foi o primeiro vencedor do "Pop Idol", o programa inglês que deu origem ao "American Idol" e a dezenas de outros. Ele saiu do armário na mesma época e ainda assim se tornou um dos maiores vendedores de discos na Europa (ou vai ver que foi por causa disto). Talvez também por causa disto o rapaz nunca tenha estourado nos Estados Unidos ou no Brasil, mas nunca é tarde. Se bem que eu duvido, haja visto a quantidade industrial de pinta que ele transborda no clipe acima.
SELVAGEM, PORÉM CONTIDO

(Conto um pouco da minha experiência com este espetáculo que me persegue há anos na minha coluna de hoje no F5)
quinta-feira, 7 de junho de 2012
IT GETS WORSE

quarta-feira, 6 de junho de 2012
SORRIA, PORQUE É GRAVE


terça-feira, 5 de junho de 2012
PRÉ-PARADAS?




WHEELS MUST TURN TO KEEP THE FLOW
Madonna já entrou em cena pulando corda, mas será que ela consegue cantar uma música inteira sem deixar cair o bambolê? Grace Jones consegue, e olha que ela é 10 anos mais velha que Madge. Não vi os outros artistas, mas muita gente está dizendo que foi dela a melhor apresentação no concerto da tarde de ontem, em frente ao Palácio de Buckingham, em comemoração ao Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II. Keep it up! Agora, nada me tira da cabeça que o príncipe Phillip inventou uma infecção urinária só para não ter que assistir ao show.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
NON-MODERN FAMILY

SEM DESESPERO NO FINAL

domingo, 3 de junho de 2012
NEVE SUJA DE SANGUE
"Branca de Neve" é o mais poderoso dos contos de fadas, repleto de significados e interpretações. A Rainha Má pode ser a própria mãe da princesa, invejosa da beleza da filha - só é chamada de madrasta na história para aliviar um pouco a barra. O sono profundo é a passagem da infância para a idade adulta; o espelho mágico, o subconsciente, e assim por diante. Nos últimos tempos o conto ganhou um viés feminista, que discute se uma mulher precisa mesmo ser bonita para vencer na vida. Não, não precisa: estão aí Dilma, Hillary, Angela e milhões de outras, mas mesmo assim a discussão continua. "Branca de Neve" virou um leit-motiv da cultura americana em 2012, com a série "Once Upon a Time" e dois longa-metragens (aliás, aqui no Brasil também, na novela "Avenida Brasil"). O primeiro, "Espelho, Espelho Meu", estreou há dois meses e era uma farsa colorida e desencanada. O segundo é "Branca de Neve e o Caçador", que se leva tão a sério que parece reconstituição histórica. O filme acerta quando resgata os aspectos de terror da história original: o medo atávico de toda criança de ser abandonada pelos pais. O primeiro terço segue bem de perto a narrativa dos irmãos Grimm, e a floresta, que já era apavorante no desenho de Walt Disney, agora está de se sair correndo do cinema aos gritos. Mas depois o ritmo ralenta. Há um interlúdio completamente desnecessário numa aldeia à beira de um rio, e depois num lugar tão maravilhosamente mágico que parece o planeta de "Avatar" pintado de verde. Os sete anões finalmente aparecem, interpetados por grandes atores ingleses não-anões. Bob Hoskins está especialmente bem como o líder cego do bando. Aí a coisa descamba para cenas de batalhas feitas unicamente para entreter o público masculino. Os mesmos produtores empregaram esta estratégia no "Alice no País das Maravilhas" de dois anos atrás, que terminava com a heroína lutando contra o Jabberwocky - algo inimaginável nos livros de Lewis Carroll. Pelo menos os efeitos especiais e a direção de arte são de encher os olhos, assim como a Charlize Theron. A interpretação dela está a um fio do "camp" irrestrito. Já a Kristen Stewart, sempre sonâmbula na série "Crepúsculo", não compromete. Vexame total é o de Chris Hemsworth, o "Thor", que passa com louvor no teste que melhor captura um mau ator: ele não convence nem quando fica quieto e parado olhando para a câmera. De resto, parece que agora é lei: todo filme que tem uma mocinha precisa de dois marmanjos disputando a mão da mocoronga.
sábado, 2 de junho de 2012
ASSIM ESTAVA ESCRITO
Precisamos estar mais preparados para enfrentar nossos inimigos. Cada vez que um pastor ensandecido atacar os homossexuais porque se sente autorizado pela Bíblia, devemos lembrá-lo - com todo o jeitinho, claro - que ele mesmo transgride tanto o Livro Sagrado que já deve ter seu lugarzinho garantido no inferno. O Antigo Testamento proíbe o consumo de carne suína e crustáceos, o uso de roupas que misturem lã e linho e até mesmo as tatuagens. Também recomenda o apedrejamento das mulheres que não se casem virgens e permite que um homem venda os filhos como escravos. Tudo isto é solenemente ignorado pelos que se dizem fundamentalistas, pois o fato é que absolutamente ninguém consegue viver à risca tudo o que a Bíblia prega. É repleta de contradições e regras ultrapassadas, porque grande parte dela foi concebida como um manual de sobrevivência na Judeia de três mil anos atrás. Por isto, recomendo a todas as bichas de boa vontade a leitura da revista "Superinteressante" deste mês, que aponta vários absurdos dos textos bíblicos. Claro que devemos respeitar a religião de quem quer que seja, e também termos a nossa (ou a falta de) religião respeitada. Mas se os evangélicos querem cobrar coerência e obediência cega ao que diz a Bíblia, que comecem por si mesmos. Não vão conseguir.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
ELA NÃO É EU
Pediram para eu comentar o assunto, e quem sou eu para recusar? Madonna estreou sua nova turnê ontem à noite em Tel-Aviv, e nem mesmo sua aparição no telão com bigodinho de Hitler gerou tantos comentários quando o mash-up de "Express Yourself" com "Born This Way". Madge já apoiou muito Lady Gaga no passado e as duas chegaram a gravar juntas um quadro para o "Saturday Night Live". Mas a coisa mudou de tom quando a Germanotta lançou no ano passado a canção que dá nome a seu último CD: o mundo inteiro perebeu na hora a semelhança com o antigo sucesso madonnístico. A Ciccone não deixou barato numa entrevista a Barbara Walters, mas disse que era uma "maneira inteligente" de reciclar uma música. Para mim, a inclusão de "Born This Way" no novo show é bem dúbia. Por um lado, é óbvio que Madonna gosta da "homenagem", caso contrário não a cantaria no palco - e menos ainda reproduziria a coreografia original. Por outro, ela termina citando "She's Not Me", do disco "Hard Candy". Só mesmo ela para primeiro assoprar e depois morder. É assim que a gente gosta.
LANTERNA ROSA
Já não tenho muita paciência para super-heróis. Fico ainda mais irritado com os truques que as editoras inventam para vender mais gibis. Matam o Batman, ressuscitam o Batman, criam um Batman alternativo num universo paralelo... (bocejo). Mas não posse deixar de achar legal que tanto a Marvel quanto a DC estejam lançando heróis gays simultaneamente, apesar de usarem malandragens como as que eu acabei de citar. A DC tirou do armário o antigo Lanterna Verde, que hoje vive na Terra 2. O personagem já é do segundo escalão da companhia e teve um filme flopado ano passado; "cor-de-rosear" sua versão 1.0, que vive em outra realidade, não me parece a coisa mais corajosa do mundo, mas whatever. A Marvel também não teve enormes culhões: seu homo é um dos milhares de X-Men, não o Hulk ou o Capitão América. Mas não vou reclamar muito, não. É mais do que saudável que a garotada tenha em quem se espelhar nos quadrinhos. E quando é que vão criar um paladino com super-poderes gays? Como a mega-capacidade de combinar a cor da meia com a estampa da camiseta, ou de adquirir uma aparência assustadora graças a um milk-shake mágico. Peraí, isso já existe.
(deslize a barra lateral na imagem acima para ler as quatro primeiras páginas da revista que faz o "outing" do Lanterna Verde)
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