quarta-feira, 29 de junho de 2011

HORROR EM TEMPO REAL

Hoje em dia os filmes de terror se dividem em duas grandes categorias. Tem aqueles tipo "Jogos Mortais", que são quase pornográficos na maneira como mostram mutilações. Até tentei uma vez, mas não carrego os genes necessários para apreciar esses opus. O outro tipo teve seu marco zero com "A Bruxa de Blair": são filmes de orçamento baixo que usam algum truque simples para realçar sua suposta veracidade. Dessa vertente vieram "Rec" e "Atividade Paranormal". Acho mais interessante que a primeira, mas faz tempo que não sou mais aluna normalista para me impressionar com essas coisas. Mesmo assim, fui ver "A Casa Muda" pelo simples fato de ser uruguaio. O exibidor brasileiro tirou o "Muda" do título achando que assim atrairia mais público, mas a verdade é que grande parte da ação não tem mesmo nenhum diálogo, com uma única personagem em cena. Nem poderia ser de outra forma: o filme tem apenas um único take, e a protagonista interpretada por Florencia Colucci está o tempo todo em cena. O ponto de partida é clássico de tão óbvio. Uma moça acompanha o pai, que é uma espécie de faz-tudo, à casa abandonada que ele irá limpar e pintar para ser posta à venda. Os dois passam a noite no lugar, e ela é logo despertada por barulhos estranhos. Daí para a frente, muitos sustos, um pouco de sangue e algumas soluções criativas, como o esbarrão acidental numa câmera Polaroid; a foto revelada mostra alguém atrás da mocinha... A ótima música ajuda este tour de force cinematográfico a se tornar memorável. No cinema não tive medo nenhum, mas "A Casa Muda" cumprirá sua missão se for assistido em vídeo, tarde da noite, quando se está sozinho em casa.

Um comentário:

  1. tony,

    sei q esse assunto "já passou", mas como acredito que a melhor forma de acabar com o preconceito é com o deboche, te indico esse video da " Myriam Réus". Mostra como burra é a nobre dePUTAda.

    http://www.youtube.com/watch?v=LAwCKPiRH1I&feature=player_embedded

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