segunda-feira, 13 de junho de 2011
COXINHA EM TRANSE
Estou ouvindo o novo disco do ATB sem parar desde sábado, e me sentindo mais coxinha do que nunca. Não sei explicar porque, mas trance para mim é um guilty pleasure. Acho que é som de mauricinho. De boate hétero na Vila Olímpia - não que eu já tenha ido a alguma. Mas o fato é que o CD duplo "Distant Earth" é uma gostosura, apesar de não trazer rigorosamente nada de novo. E já houve um tempo em que o DJ e produtor alemão Andre Tanneberger era considerado transgressor: seu single de estreia, "9 AM (Till I Come)" foi o marco zero de um novo gênero. Fez um sucesso enorme em 1999 e escancarou o som que se tocava em Ibiza para as massas ignaras. Logo em seguida estouraram Tiësto, Paul Van Dyk, Armin Van Buren e muitos outros, com aquela sonoridade feita para a bala bater. Hoje já virou tudo trilha de comercial da C&A, apesar de ainda arrastar multidões para as raves - ou talvez por isto mesmo. ATB faz um estilo de dance music tão branco que é como se a África nunca tivesse existido: as batidas discretas lembram mais um BMW rodando numa autobahn do que tambores tribais. E mesmo assim não consigo parar de ouvir. A faixa "Gold" foi escolhida para tocar no rádio, e é das menos esotéricas deste álbum. No fundo não passa de new age para as pistas, mas quem disse que coxinha não é gostoso?
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Tony porfa trae el disco a Lima para bajarlo a mi compu
ResponderExcluirAbrazo!
Ah eu acho que ele fez a linha "corretinho", único pecado foi não inovar, mas às vezes o moderno é estar dois passos à frente ou dois passos atrás... Vc me lembrou da fodérrima "9 AM (Till I Come)" e eu não tenho parado de ouvir desde então.
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