domingo, 22 de agosto de 2010
MEL ESCORRENDO
Assistir ao filme turco "Um Doce Olhar" é como ver um fio de mel escorrendo para fora do pote: lindo, poético e chato para caralho. O título original é "Bal", "mel", e forma uma trilogia com "Ovo" e "Leite", que contam a história do mesmo personagem em idades diferentes. Aqui ele é uma criança ensimesmada que mora numa região montanhosa do norte da Turquia. Tem dificuldade para aprender a ler e passa grande parte do tempo espiando a natureza pela janela. Seu pai coleta mel nas florestas vizinhas e a única coisa que de fato acontece se passa com ele, logo antes dos créditos. Dali para a frente, muita contemplação, muita fotografia deslumbrante e nenhuma trilha sonora. Achava que esse tipo de filme-tartaruga já tinha saído de moda, mas "Um Doce Olhar" faturou o Urso de Ouro no festival de Berlim deste ano. Para mim valeu para passear com os olhos por uma região desconhecida, pensar na vida, no meu set do Café com Vodka, na campanha do Tiririca e lembrar que eu tenho uma conta para pagar na terça-feira.
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Isso me lembra a experiência que eu tive com "Primavera, verão, outono, inverno e primavera". Todo mundo muito bem do filme e eu me sentindo um ogro por ter sido o único que não tinha gostado daquela merda.
ResponderExcluirTEM FILME QUE SO ASSISTO COM UM BUTTPLUG...TIPO CONTAR CARNEIRINHO TRAVANDO...
ResponderExcluirConcordo- em parte- com o Hugo, acima! Não entendo essa necessidade de todos terem a mesma opinião sobre algo, principalmente quando se trata de um filme, álbum, sempre haverão controvésias (Unaminidade, tem burrice e chatice maior? Talvez equiparável!). No meu caso, acho a obra de Kim Ki-duk, citada acima, maravilhosa! Fotografia espetacular ( o uso de cores é mesmo estupendo, até mesmo nos momentos mais escuros), imagens fortíssimas ( O monge queimando-se com um CALADO bem grande estampado sobre a face...ui!), apesar do rítmo lento e dos poucos movimentos de câmera que podem acentuar a irritação de alguns expectadores, o filme é bom, vale a pena ser assistido. Enfim, o crítico (chato?) R. Ebert mesmo vive espinhando o trabalho - mais que espetacular- de Abbas Kiarostami, a quem alega não possuir talento algum - HaHahahaha....Come back to ... Honey (ummmmm...acho sempre muito doce e enjoativo), ainda não assisti. Porém, adoro filmes lentos, contanto que possuia algo a tratar, e não somente belas imagens. Será que vou encarar? Próxima semana, quem sabe?
ResponderExcluirConserta a palavra desconhecida querido.
ResponderExcluirAbraço
Já corrigi.
ResponderExcluirTeşekkür ederim (obrigado em turco).
kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirvlw a dica... nao verei pq nao dou conta de filmes parados...
abraços
voy
Eu como vi no Espaço Unibanco, nem dormir consegui.
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