sábado, 24 de julho de 2010

NEM DE BRINCADEIRA

Eu estava a fim de um filme bobo, desses que não fazem a gente pensar. "Encontro Explosivo" parecia perfeito, a começar pelo título genérico. Que, para minha surpresa, faz até mais sentido que o trocadilho do original, "Knight and Day". A pouca ambição da obra é comovente. Tem Tom Cruise fazendo o papel de Tom Cruise, com a pele e o corpo perfeitos demais para um cara de 48 anos. O sorriso, o corte de cabelo e até os óculos escuros que ele usa em cena são vintage, iguaizinhos aos que ele usava nos anos 80. Cameron Diaz não tem uma imagem tão cristalizada, mas também faz o papel de sempre: a moça simpática meio assustada e meio durona, perfeita para se namorar. O roteiro peca por não ser mais absurdo. É tudo tão exagerado que faz falta a ironia e o humor dos James Bond pré-Daniel Craig (que estragou a série com sua sisudez e sua falta de modos à mesa) ou mesmo das versões para o cinema das "Panteras", bobagens deliciosas estreladas pela mesma Cameron. "Encontro Explosivo" não passa de um sub-"Missão Impossível", com reviravoltas tão espetaculares que simplesmente não dá para se importar com qualquer personagem. Nem como passatempo descerebrado o filme funciona.

Um comentário:

  1. Discordo totalmente que o Bond do Daniel Craig estragou a franquia. Sou fã de carteirinha dos filmes e achei Casino Royale uma ótima reinvenção - e para constar, o Bond dos livros era muito mais "bronco" do que o frutinha do Pierce Brosnan, por exemplo, ou o canastrão do Roger Moore.

    Particularmente acho Casino Royale um dos melhores filmes da série, ao lado de On Her Majesty's Secret Service, Goldfinger, A View to a Kill, Goldeneye, From Russia With Love, entre outros.

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