
quarta-feira, 30 de junho de 2010
LOLA LÁ

BAT-CAVERNA

ATUALIZAÇÃO: O morceguinho estava morto. Nunca soube que eles podiam morrer e continuar pendurados, desafiando a lei da gravidade. Agora eu sei.
DOIS VOVÔS
A filha do Oscar está grávida de um menino, que deve nascer no final de outubro. Ela faz questão de dizer que eu também vou ser avô. Por um lado, fico em pânico. Agora não tem mais jeito, lá se foi a aurora da minha vida. Por outro arrebento de orgulho. Criamos essa moça direitinho, hein? Ela jamais teve problema algum comigo, e olha que me conheceu quando tinha só 10 anos de idade. Esta é a grande arma secreta dos casais gays, que está começando a ser desembainhada: os filhos, adotivos ou não, que foram criados dentro dessa nova estrutura familiar. Ao contrário do que pregam a Igreja e todos os homofóbicos boçais, não são pessoas nem piores nem melhores que as criadas por héteros. São, em sua imensa maioria, pessoas normais e bem ajustadas. Como canta esse garoto num programa da TV holandesa - aliás, é de dar gosto ver um corinho infantil louvando dois papais, bein? Se bem que esse vídeo é antigo, tem uns quatro anos. A Holanda é tão liberal e moderna que a essa altura o garoto já deve ter três papais.
(Obrigado ao Anônimo que me passou essa dica)
terça-feira, 29 de junho de 2010
VOCÊ FARIA?

SHOW DE BOLA

Não gosto de futebol, mas gosto do drama que o rodeia. Decisão por pênaltis, por exemplo, é um tesão. Por mim a Copa já começava pelos pênaltis. Fiquei grudado na TV enquanto Japão e Paraguai descobriam quem era o menos ruim (e, sim, torci para os paraguaios). Gosto das lágrimas, do nervosismo, dos torcedores fantasiados e da Fátima Bernardes. Gosto das superstições dos jogadores, que eles juram que é a mais pura religião. Maradona e Kaká, por exemplo, têm certeza de que Deus lhes têm um carinho especial, esquecendo-se que com isto o Todo-Poderoso estaria penalizando os adversários. Deus torce por todo mundo, gentem: isto é que é cristianismo, o resto é mandinga.
Apesar dos engarrafamentos-monstro, adoro dos feriados forçados que os jogos do Brasil provocam. É o maior ritual religioso do país, e não há empregador que não compreenda a necessidade total que as pessoas têm de largar tudo para o alto e correr para a frente da TV. Nenhum outro país do mundo para tanto quanto o Brasil por causa de um jogo. Nem mesmo a Argentina – que, aliás, eu acho que vai ganhar esta Copa.
QUE COMAM BOLOS
Aqui no Brasil a comediante Joan Rivers só é conhecida por quem assiste ao canal E! Entertainment Television. É ela quem está sempre no tapete vermelho das grandes premiações, fazendo perguntas embaraçosas aos convidados. Depois do prêmio ela ainda comanda um programa que tem um dos melhores nomes EVER, "Fashion Police", onde dá notas para os melhores e piores modelitos da noite. Joan deve ter uns 150 anos de idade, mas é difícil dizer por causa das 3.200 plásticas que já fez. E depois de uma carreira repleta de altos e baixos, ela está em voga outra vez. Culpa do documentário "Joan Rivers: a Piece of Work", que saiu premiado do festival de Sundance e já está cotado para o Oscar do ano que vem. Dificilmente vai passar por aqui, mas quem se esforçar consegue ver online. Vou tentar, porque ms. Rivers é uma über-bitch absoluta. Saca só o que ela diz quando aparece no trailer acima o apartamento suntuoso em que mora em Nova York: "é assim que seria a casa da Maria Antonieta - se ela tivesse dinheiro."
segunda-feira, 28 de junho de 2010
ÓPERA FUNK

O DIA DAS NOIVAS

domingo, 27 de junho de 2010
BACK TO BLACK

BARBARA LHES ADORA

sábado, 26 de junho de 2010
SANGUE FRESCO

sexta-feira, 25 de junho de 2010
VITROLINHA EUROPEIA
Não vou me emendar nunca. Por mais que seja fácil e/ou gratuito baixar músicas da internet, para mim nada se compara ao frisson de entrar numa megastore e me empanturrar de CDs novos. Felizmente na Europa elas ainda não estão extintas: me esbaldei na Virgin de Paris e na Fnac de Genebra. Comprei 19 discos ao todo, dos quais aqui vai uma pequena amostra. Clique no nome das músicas em destaque e, se gostar, monte sua mini-playlist.
Atrizes que acham que cantam costumam se dar pior do que cantoras que acham que representam. A portuguesa Maria de Medeiros não é exceção. Sua voz tem até uma certa extensão, mas o timbre é infantil e as desafinadas, frequentes. Nada disto a impediu de estar lançando seu já 2o. disco, com um repertório meio jazzístico que lhe é totalmente inadequado. A única faixa que se salva é um cover com arranjo bossa-nova de “La Dolce Vita”, o clássico de Nino Rota para o filme de Fellini. Aqui Maria não soa como a crooner profissional que gostaria de ser, mas sim como uma grã-fina bêbada que se anima a dar uma palhinha numa festa. Gostoso como o whisky com coca de que fala a letra.
Raúl Paz é um dissidente cubano radicado há mais de 10 anos em Paris, porque ele não é bobo nem nada. Seu som mistura suas raízes na ilha com o pop europeu: o novo disco, “Havanization”, traz até um dueto com Camille, a mais cool cantora francesa do momento. Mas o melhor momento é “Mejor”, que traz um melodia tão agradável que a gente jura que é conhecida.
Françoise Hardy é imortal. Ao longo de seus quase 50 anos de carreira gravou canções próprias e de todos os grandes compositores franceses, de Gainsbourg a Biolay. Como seu contemporâneo Roberto Carlos, estourou no tempo do yéyéyé, o pop francês dos anos 60 que teve o nome surrupiado pelo pessoal da Jovem Guarda brasileira. E hoje, tal como Roberto, está acima do bem e do mal. Ela soa jovial, mas não juvenil, no novo CD “La Pluie Sans Parapluie”. “Noir sur Blanc” traz a diva em plena forma, sem sinal de aposentadoria à vista.
Minitel é um antepassado da internet: um aparelho de vídeo-texto que se espalhou pela França nos anos 80, e em mais nenhum país da face da terra. Tinha até versão pornô, o “minitel rose”. É um nome bom demais para uma banda, mas pena que o Minitel Rose não lhe faça jus. Seu 2o. disco, “Atlantique”, é de electropop bem anos 80 e 90, sem nada de muito especial. A não ser a música “She’s Lost”, onde o sotaque gaulois dos rapazes fica evidente na letra em inglês.
A libanesa Elissa é uma das cantoras mais famosas do mundo árabe. Seu novo disco, “Tesada’a Bemeen”, tem toques orientais, mas é technopop da melhor qualidade. A faixa-título (“Em Quem Você Acredita?”) é cantada em dialeto egípcio. Se a moça também cantasse em inglês, a esta altura seria tão famosa globalmente quanto Shakira.





PREPARATIVOS DE GUERRA

quinta-feira, 24 de junho de 2010
NÃO É BRINQUEDO NÃO

COUGAR TOWN
Já tomou Orangina? É um refrigerante francês que parece suco de laranja com gás e vem numa garrafinha tão icônica quanto a da Coca-Cola. A versão vermelha então, feita com oranges sanguines, é o céu em forma líquida. Como se não bastasse ser o melhor refri do mundo FIFA, a Orangina também faz campanhas publicitárias malucas de dar com pau. A atual mostra animais usando a bebida para os mais diversos fins, e por quê não? Um camaleão passa na pele para evitar espinhas, uma girafa põe na máquina de lavar porque ela "lava mais amarelo" e assim por diante. Mas tem um comercial que não foi pra TV, só pra internet: é este aí em cima, que mostra um cougar (puma em inglês) usando Orangina como loção pós-barba. Dá até vontade de experimentar.
TARANTEEN

quarta-feira, 23 de junho de 2010
COITADINHOS DOS HÉTEROS

(obrigado ao Thiago A. pela sugestão)
MEU PEQUENO UNICÓRNIO

terça-feira, 22 de junho de 2010
BANQUEIRO POR UM DIA

TESTANDO

O CÓDIGO MICHELANGELO

segunda-feira, 21 de junho de 2010
UMA EDUCAÇÃO

CAI CAI BALÃO

domingo, 20 de junho de 2010
A ILHA DESCONHECIDA

Saramago teve uma carreira prodigiosa. Foram apenas 18 anos entre o lançamento de seu primeiro livro importante ("Levantado do Chão") e o prêmio Nobel. Que aliás ele ganhou meio por decurso de prazo: já estava pegando mal a Academia Sueca nunca ter premiado um escritor da 5a. língua mais falada do mundo. Sua vitória foi merecida, mas com ela se enterraram as chances dos brasileiros cotados, Jorge Amado e João Cabral de Melo Neto, que morreram de mãos abanando (o Nobel só é dado a autores em vida). A morte de Saramago deve ter reduzido em uns 10% o número de comunistas sinceros ainda vivos; pelo menos, desde que rompeu com Cuba, ele não era mais um comunistossauro empedernido como o Niemeyer. Com sua desaparição, temo que Brasil e Portugal voltem a se afastar culturalmente. Ele era o único português contemporâneo que vendia bem por aqui, e acho que esta vaga não será ocupada tão cedo. É uma pena, porque o Brasil muitas vezes reluta em assumir sua entidade lusófona. A cultura que compartilhamos com Portugal e ainda teimamos em não reconhecer é a verdadeira ilha desconhecida: bela, vasta, inexplorada.
sábado, 19 de junho de 2010
SHE'S TOO SHORT FOR ME
Os Tony Awards foram entregues em Nova York domingo passado, mas só agora fiquei sabendo desse beijaço entre o mestre-de-cerimônias Sean Hayes, o Jack de "Will & Grace", e sua colega Kristin Chenoweth. É uma resposta ao artigo que a evista "Newsweek" publicou há mais de um mês, dizendo que atores assumidamente gays não convencem como hétero - e citava como exemplo o próprio Sean. Acontece que o Jack da TV era um personagem, e muito mais desmunhecado que o ator na vida real. Para mim, Sean convence como hétero sim: saca só como ele enfia a língua na boca da moça. Por outro lado, isto talvez não prove nada. Várias meninas já me disseram que gays costumam beijar muito melhor do que HTs.
A IRMANDADE DA VUVUZELA
Nem mesmo a Copa do Mundo faz com que eu me interesse muito pelo futebol. Na Europa, então, foi fácil ignorar esse boleio todo. Principalmente na Suíça, onde só vi umas poucas bandeiras penduradas nas janelas e nenhuma do próprio país. As notícias sobre o Mundial soam para mim como uma vuvuzela: um zumbido permanente, irritante e sem muito sentido. Por isto me identifiquei tanto com esse mash-up em cima do "Senhor dos Anéis". É a Copa da Meia-Terra FIFA.
OLHA A COBRA

sexta-feira, 18 de junho de 2010
COMME UN OISEAU QUI S'ENVOLE

AMADEUS ÀS ILUSÕES
Paris é o melhor lugar do mundo para se ir ao cinema. Não por causa do conforto das salas – lembro de uma tão pequena que a entrada parecia a porta de um quartinho de vassouras – mas por causa da programação. É o único lugar do mundo onde filmes do mundo inteiro entram em cartaz normalmente, sem depender de mostras ou festivais. A oferta é sempre enorme, e eu custei a escolher. Sim, fui ao cinema em Paris: a cidade bombando lá fora e eu quietinho no escurinho. Pelo menos os dois filmes eram franceses. O primeiro foi “L’Illusioniste”, o novo longa de animação de Sylvain Chomet, que foi indicado para o Oscar há alguns anos pelo magnífico “As Bicicletas de Belleville”. Agora ele adapta um roteiro inédito de Jacques Tati. É a história de um mágico decadente que larga Paris por Londres e acaba nos confins da Escócia, onde uma adolescente o segue até Edimburgo. Quase não há diálogos, algo bem tatiesco. As paisagens são hiperrealistas, mas em nenhum momento Chomet permite que os efeitos de computação se sobreponham à beleza das imagens, uma verdadeira aquarela em movimento. Isto sim é desenho animado - desenho desenhado para valer. O jantar com mamãe acabou cedo e ela se recolheu pouco depois das 9 e meia. Saí para dar uma banda e acabei me enfiando outra vez no cinema da esquina, o UGC Danton. Desta vez par aver “Nannerl, la Soeur de Mozart” – quem me conehce pessoalmente sabe que este está sendo um ano amadeusiano lá em casa. A história da irmã do compostior é quase trágica. Ela não morre jovem nem nada, mas vê frustrado tanto seu enorme talento musical – por ser mulher, o pai não lhe permitia compor nem tocar violino – quanto seu amor pelo delfim da França, filho do rei Luís XV. Talvez não seja assunto suficiente, porque o filme é lento, quase chato. Sabe aquela categoria “não gostei , mas gostei de ter visto”? Pois é.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
iPUTA FALTA DE SACANAGEM

J'AI TUÉ MON GIGOLO

Quando estou travada
Eu faço besteiras
Eu matei meu gigolô
Na frente das minhas colegas
Feito uma boboca
Enfiei minha faca em seu coração
Quero padê
Que me confunde o cérebro
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quarta-feira, 16 de junho de 2010
ONDE AS CULTURAS DIALOGAM

Logo na rampa de acesso há uma obra de impacto: "The River", uma instalação de Charles Sandison. Um rio de palavras projetaqdas no chão, que se emaranham e se desenrolam, numa visualização do slogan do museu: "là ou les cultures dialoguent". A coleção em si é interessantérrima e não-avassaladora - ou seja, dá para se ter uma boa noção em menos de duas horas. Vi tanta coisa de que nem desconfiava: amuletos fálicos da Indochina, colares das Antilhas pré-colombianas, casacos de mulheres judias da África do Norte. Só faltou o fetiche Arumabaya de "O Ídolo Roubado", clássica aventura do Tintin. O Brasil está representado por estatuetas do candomblé e um enorme tacape encontrado no que é hoje o Rio de Janeiro. Mesmo assim, o museu me deixou um pouco para baixo. Talvez por culpa da iluminação meio escura ou da viagem estar acabando. Saindo de lá, não tive dúvidas: passei na Agnès B. e no Paul Smith e imeidatamente me senti melhor. Vive l'achat-hérapie.
A MALLU MAGALHÃES FRANCESA

terça-feira, 15 de junho de 2010
BARCO-MOSCA

MAKE AN EDUCATED GUESS
Engraçadinho esse comercial do Nespresso que está no ar aqui na Europa. George Clooney, o garoto-propaganda da marca, encontra John Malkovich numa situação-limite. Conheci um cara que transou com um deles. Só não vou dizer qual dos dois.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
CARREFOUR DE L'ODÉON


HANNIBAL THE CANNIBAL


domingo, 13 de junho de 2010
LA CHARTREUSE DE POMIER








sábado, 12 de junho de 2010
49 A 0

(A foto que ilustra este post é tirada de um vídeo da banda islandesa Sigúr Rós, uma das mais bibas de todos os tempos. E obrigado ao João por mais esta dica)
sexta-feira, 11 de junho de 2010
1o. POST A PARTIR DE UM iPAD

Atualização: Acho que não. O iPad é pouco mais do que um brinquedo. É difícil escrever nele: tem que ficar mudando o teclado toda hora para passar de letra para números e acentos, como num iPhone. Fora que não consegui subir imagem nenhuma para ilustrar o post. Só agora quando cheguei em casa, do meu bom e velho laptop.
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