
O único gay que aparece na nova versão de “Fama” é eliminado logo nos exames iniciais. Também, quem mandou se inscrever na Escola Jânio Quadros de Bailados? Porque foi nisto em que se transformou a lendária New York Academy of the Performing Arts nesse
remake caretaço. Pela ótica do filme, o mundo regrediu nos últimos 30 anos. Não só as bichas foram deletadas – e justo numa escola de balé e teatro – como negro só namora com negra, branca só namora com branco, e ninguém sabe o que são sexo e drogas. Lembra da história da estudante que engravidava? Foi-se. Da que mostrava os peitinhos num teste fajuto? Idem. Os personagens originais foram substituídos por robôs bonitinhos e antissépticos, e são tantos que não dá para se envolver com nenhum. Da trilha original também só sobraram (soçobraram?) a canção-título e a melada “Out Here on My Own”. O resto são hip-hops barulhentos e alguns
standards inofensivos. Os produtores dessa joça podem jogar a culpa no lento processo de criação do cinema: um filme leva no mínimo dois anos para ser feito, da concepção à estreia. E os caras não perceberam que uma mudança já estava em curso. Esse arremedo de telefilme do Disney Channel foi feito para a era Bush, mas só entrou em cartaz na era Obama. Um programa como “Glee” traduz muito melhor o espírito musical desse novo tempo. O “Fama” de 2009 tem alguns momentos simpáticos, por isto não é o desastre total que eu temia. Mas é medíocre de cabo a rabo, o que talvez seja ainda pior.
Te disse...
ResponderExcluirFRACASSO deveria se chamar... é um horror!
ResponderExcluirTe disse também Marcos...
ResponderExcluirè mau de mais de Fama só tem o nome, nada de nada
ResponderExcluireu também fiz um post num blog de um amigo sobre o filme, em qu8e dei o mesmo titulo é o bom high school, um péssimo fame
Pena, muita pena. O original só me traz boas lembranças.
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