
A irmã de Caetano ocupa um lugar bem no alto da pirâmide da música brasileira, mas não no centro. Porque foi-se o tempo em que ela vendia milhões de discos e tocava no rádio. Hoje Bethânia é cult, e se dá o direito de não abrir concessões. Mesmo sendo ultra-prolífica: não passa um ano sem que ela lance algum disco, às vezes dois de uma vez. É o que acontece agora, com os simultâneos "Tua" e "Encanteria". O primeiro só tem canções de amor e é lento como um garçom de Salvador. O segundo é mais animado, tem percussão e samba de roda, e fala de fé e baianidades. Não há covers, não há clássicos: todas as faixas são inéditas, e nenhuma tem cheiro de hit.
A crítica adora saudar Bethânia como a intérprete de um Brasil profundo, longe dos modismos das capitais, mas a verdade é que esse país que ela canta não existe mais, ou sequer existiu um dia. É um lugar rural, tranquilo, extremamente simples e incrivelmente sofisticado, a léguas dos sertanejos e calypsos da vida real. Não importa: Bethânia (ou Maria, para os íntimos) é a imperatriz desse Brasil, e eu sou seu súdito.
Não deixe de assistir ao novo show de Dona Maria, estará no Tearto Abril em 11/12 e 13 de Dezembro.
ResponderExcluirNo novo show, MB canta uma música devastadoramente linda do português Pedro Abrunhosa, "Balada de Gisberta". A música foi composta em homenagem a uma transexual brasileiro que foi assassinada no Porto (Portugal) em fevereiro de 2006.
Veja o vídeo em
http://mariabethaniareverso.blogspot.com/
O blog é para fãs da "Imperatriz", e é maravilhoso.
Abçs.
Bethânia tem a carreira mais sólida e consistente da música brasileira. Os álbuns são de um primor técnico ímpar, com arranjos incríveis do maestro Jaime Alen.
ResponderExcluirAdoro. Não existe nenhuma cantora mais viada do que ela...
Eu digo: Salve! E, amém...
ResponderExcluirTony,
ResponderExcluirConcordo com tudo que escreveu, exceto que este Brasil que ela canta não existe ou nunca existiu... seja figurativamente ou não, este Brasil existe e quem já teve a oportunidade de estar em Santo Amaro (da Purificação), terra natal da Imperatriz, pode entender a "caboclisse" e o interior a que ela se refere. E existem milhares de Santo Amaros pelo Brasil... mesmo num Estado como São Paulo que é "tido" como mais desenvolvido. Ela canta um Sertão e um Recôncavo que ela bem conhece... na pele. Memórias da Pele... ;-)
Abraço e parabéns!
Lindo o amor de um fã pelo seu ídolo! Lindo mesmo!
ResponderExcluirMarco
Não sabia que tínhamos esse gosto em comum =D
ResponderExcluirTô contigo e não abro.
ResponderExcluirEla é uma entidade no palco e tá acima do bem e do mal.
Falou e disse.
ResponderExcluirchata pra caralho!
ResponderExcluirFalou e disse tudo! Sempre tive um altar aqui em casa dedicado a ela... "A Absoluta!"
ResponderExcluirè de arrepiar e fazer chorar
ResponderExcluirAve Bethania!!
ResponderExcluirover pra caralho
ResponderExcluirEngraçado. 2 discos tão diferentes, mas ela consegue ter o mesmo olhar nas 2 capas.
ResponderExcluirDaniel, o mesmo olhar não seria por ser a mesma pessoa???
ResponderExcluir(risos)
Minha religião!!! Salve Maricotinha e sua(Bethãnia's) "Senhora" Dona Canô.
ResponderExcluirNão percam o show em SP!
Minha religião. O palco é seu altar. Como um dia o palco foi a morada sagrada da "Diva" Piaf. Salve, Salve, Salve.
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