segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MUITO TEMPO E POUCA PAZ

O trailer de “Tempos de Paz” é enganoso. Ele dá a entender que a peça de Bosco Brasil, que no palco se resumia a um longo diálogo entre dois atores num único cenário, foi expandida para a tela, com novos personagens e situações. Sim, eles estão lá, mas não devem ocupar nem 10% do tempo do filme. O resto continua igual: um longo diálogo entre dois atores num único cenário. Este é apenas um dos problemas. O outro é que um desses atores, Dan Stulbach, trouxe para a frente das câmeras a mesma interpretação que fazia no teatro. E o que funcionava ao vivo vira um desastre quando filmado. Dan está tão over que chega a irritar. O pior é que ainda deve ganhar todos os prêmios no final do ano... "Tempos de Paz" parece durar muito mais que seus escassos 80 minutos. E seu único momento emocionante acontece nos créditos finais: uma homenagem a alguns imigrantes europeus que fugiram da Europa durante a 2a. Guerra, e ajudaram a construir o teatro, o cinema e a TV do Brasil. Coitados, mereciam um filme melhorzinho.

3 comentários:

  1. Eu perdi no teatro, mas fiquei com vontade de ver no cinema. Mas tenho pavor do Tony Ramos.

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  2. Pois eh: o filme eh oteeemo, mas deveria ter uma hora a menos!

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  3. não concordo. Perdi a peça, mas me emocionei com o filme e a atuação expansiva de Dan Stulbach me arrebatou

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