segunda-feira, 30 de junho de 2008

A FALTA QUE ELE ME FAZ

Ontem não foi a primeira vez que assisti à parada gay de Nova York. Minha estréia foi há quase 20 anos atrás, em 1989, quando eu estava passando duas semanas de férias na cidade. Meu amigo Giba, que morava em Boston e por quem eu nutria uma paixonite, veio se encontrar comigo. Não nos víamos havia três anos, e, muitos abraços depois, a caminho da 5a. avenida, ele soltou a bomba: "sou HIV positivo". Vale lembrar que naquela época estava só se começando a falar de AZT, e um diagnóstico desses equivalia a uma sentença de morte em breve. Entrei num turbilhão de emoções: a alegria de reencontrá-lo, o choque de saber de seu estado, a surpresa de ver tantos gays e lésbicas em efervescência no meio da rua. Acabamos nos juntando à parada, e desfilamos eufóricos até o Village. Giba morreu quatro anos depois, em pleno sono, no dia de seu 32o. aniversário. Penso nele quase todos os dias. E ontem, durante a parada, pensei na loteria que é a vida. Por quê é que eu estou aqui firme e forte, enquanto o Gibinha já se foi? Não fiz nada para merecer isto - e nem ele. Quero acreditar que o Giba estava ali do meu lado, se divertindo tanto quanto eu. Quero acreditar que algum dia irei vê-lo de novo.

IT'S ALIVE!

Praticamente todo mundo que eu conheço, do porteiro do meu prédio até minha mãe (principalmente minha mãe) sugeriu que eu visse "South Pacific" nessa visita-relâmpago a Nova York. Tudo por causa da vitória do brasileiro Paulo Szot nos últimos prêmios Tony. Eu também queria ver, mas não era minha priorirdade máxima. O número 1 da minha lista desde o ano passado era mesmo "Young Frankenstein", o musical baseado num dos filmes mais engraçados de todos os tempos. E entre ver um cara que nunca ninguém tinha ouvido falar até um mês atrás ou ver a Megan Mullally, a decisão não foi difícil. O espetáculo é sensacional, cheio de big production numbers e efeitos especiais como raios e trovões. Megan aparece pouco, mas toda vez que surge em cena é um arraso: ela faz basicamente uma Karen-goes-to-Transylvannia, e canta incrivelmente bem. Mas o melhor mesmo é Andrea Martin, uma das tias do "Casamento Grego", que faz a governanta Frau Blucher (heeeeheeee). Quem tiver curiosidade (e saco) pode ver números inteiros da peça no YouTube, gravadas com câmeras pirata, como este aqui. A crítica de fato não entendeu nada: "Young Frankenstein" é elétrico do começo ao fim.

CABEÇA ERGUIDA

E o imbecil aqui, que conseguiu ir para a Gay Pride March de Nova York com uma câmera sem bateria? O desastre só não foi total porque minha amiga Bia me emprestou a dela, com a qual tirei mais de 200 fotos. Agora ela precisa baixar tudo e me mandar por e-mail: assim que chegar, posto as melhores aqui. Foi uma experiência curiosa, depois de anos acostumado com a muvuca colossal da parada paulistana. Aqui a coisa é realmente muito mais política, e mais comportada também. Nem por isso desanimada: o público aplaude muito, ao som dos ritmos mais variados. Tem desde o carro do Hed Kandi até uma banda que toca "Holiday" da Madonna em ritmo marcial. Fora as "representações" dos países, um autêntico "It's a Small World" biluzístico. Taiwan, Colômbia, Argentina, Indonésia, e muito Brasil, claro. Destaque para a enorme delegação peruana, a encarnação da piada pronta: afinal, Peru e gay tem tudo a ver. Ordeira, sem brigas nem bebedeira, a parada de Nova York me despertou um sentimento que eu demorei a reconhecer. Adivinha - era orgulho.

domingo, 29 de junho de 2008

STRESS AND THE CITY

Uêbaaa, já cheguei em Nova York. O vôo para cá foi ótimo, mas a chegada foi meio tumultuada. Alguém não avisou ao hotel que eu chegaria cedinho, às 7 e meia da manhã. Conclusão: não havia nenhum quarto pronto, e eu tive que esperar até as 9 e meia para as camareiras chegarem e arrumarem alguma coisa. Cabeças vão rolar quando eu voltar pro Brasil... O hotel em si é pavorendo: o Comfort Inn da rua 46, onde tive que me instalar porque meu querido Paramount estava lotado. A decoração parece feita por um gerente cego das lojas Marabraz, mas a combinação entre preço (139 dólares a diária) e ponto (ao lado do Times Square) fazem dessa biboca espantosa uma boa pedida low budget. Enquanto meu quarto não ficava pronto, fui me abastecer de toiletries numa farmácia 24 horas, e de CDs e DVDs na moribunda Virgin. Muito estranho entrar lá pensando que pode ser pela última vez (a loja vai fechar ano que vem). Memories, light the corners of my mind...

sábado, 28 de junho de 2008

VALSA VIENENSE

Sua mãe vem jantar no seu cafofo, e você se recusa a tocar as músicas do Nat "King" Cole que ela tanto gosta. Mas o último set do Stephan Grondin também não dá; então, como conciliar a tranqüilidade obrigatória para uma refeição em família sem abrir mão de ser muderno até o sabugo da unha? Fácil: ponha para tocar o último CD do Waldeck, "Ballroom Stories". Waldeck é uma espécie de Moby austríaco, pois seu forte são releituras de sucessos do passado com arranjos eletrônicos interessantes, que nunca resvalam para a cafedelmarmice. O resultado é chiquérrimo e acessível ao mesmo tempo: clique aqui, e ouça o que ele fez com "L'amour est un oiseau rebele", a ária mais conhecida da ópera "Carmen".

FOFINHOS NO ESPAÇO

"Wall-E" é muito bonitinho e coisa e tal, mas não é toda essa maravilha que estão pintando por aí. Apesar da relativa ousadia de se fazer um desenho animado praticamente sem diálogos, a história tem algo de familiar. Talvez por causa do clima deliberadamente spielberguiano, não há nenhuma grande surpresa nos esperando. Talvez a maior inovação seja mesmo o design da "robôa" Eva, que provavelmente antecipa o look da próxima geração do iPhone.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

IN THE AIR TONIGHT

Este comercial para o chocolate ao leite Cadbury é um dos dois vencedores do Grand Prix da categoria filmes do festival de propaganda de Cannes deste ano, o primeiro empate da história. Já está circulando pela internet desde agosto do ano passado, e gerou milhões de paródias. É super engraçado, e levanta um monte de perguntas: será que, para fazer sucesso hoje em dia, um anúncio antes de mais nada precisa se tornar viral? Como foi o processo de criação? Houve um brief, houve focus groups, ou alguém simplesmente criou uma piada e resolveu acrescentar um pack-shot no final? (fico com a segunda alternativa.) E as vendas do produto, foram boas? (dizem que sim) Finalmente, será que algum dia eu conseguirei criar algo tão soltinho e vender para algum cliente?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

OURO NEGRO

Sam Sparro está sendo rotulado como o Mika-versão 2008, mas os dois têm pouca coisa em comum além do fato de serem gays. O som do australiano Sparro se pretende mais soul, mais influenciado por Prince, e ele adora dizer que sua cantora favorita é Chaka Khan, veja só que metido. Claro que isto não o impediu de encomendar uma dúzia de remixes saltitantes para seu primeiro single, o excelente "Black and Gold": quem estiver curioso pode baixar todos aqui.

WHO'S THAT GIRL?

Ia ser uma foto histórica: juntos no camarote da Flexx, o Ítalo, o Marcos Carioca, eu e... quem mesmo? Bom, o Mr. M em questão se debateu tanto que o Ítalo correu assustado, já que ele não se mete em barraco. Já o Marcos, barraqueiro de carteirinha, deixa evidente que está se divertindo muito, e não mexe uma palha para me ajudar a convencer nosso misterioso amigo a revelar sua identidade secreta. Quem você acha que está conosco?
(UPDATE: Pois é, tive que tirar a tal da foto. Não, não foi o amigo misterioso quem pediu. Foram milhares de leitores apavorados com a feiúra do Marcos Carioca, kkkk. Para compensar, aí vai uma foto do Malvino Salvador de sunga.)

EXCESS AND THE CITY

Segunda-feira tenho mais uma reunião em Nova York. Isto quer dizer que viajo para lá no sábado: gosto de chegar na véspera, oficialmente para ir trabalhar descansado, mas é claro que o eu quero mesmo é aproveitar um dia livre na cidade. Nova York sofre de excesso de atrações, e nunca é fácil decidir o que fazer. O zoológico do Bronx, por exemplo, acaba de abrir uma série de dioramas que reproduzem os habitats de Madagascar, com lêmures e tudo. O futuro zoológo que eu ia ser quando criança está gritando para ir até lá, mas o Bronx é fora de mão e comeria muitas horas do meu dia. Prefiro ver alguma coisa na Broadway, que está bombando - só que, também para cortar o dia, por lá as sessões de domingos são todas às 3 horas da tarde. E, para completar minha agonia, este é domingo do Gay Pride, com a parada que desce a 5a. Avenida, o PRIDEfest, uma verdadeira quermesse gay, acontecendo no Village, e trocentas festas rolando por toda parte. E ainda tem todas minhas lojinhas queridas... Já estou angustiado: não importa o que eu escolher, vou estar perdendo alguma coisa. Eu sei, eu sei, existem problemas piores.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

UMA DAMA DE PRIMEIRA

Ruth Cardoso não era uma das 10 mais elegantes. Nas recepções oficiais, ela sempre tinha um ar de ligeiro desconforto, como se seus sapatos estivessem apertados – ou, mais provavelmente, como se preferisse estar em casa lendo um livro. O Brasil tem uma tradição de primeiras-damas discretas, e as que fugiram à regra (Dulce Figueiredo, Rosane Collor) foram muito criticadas. D. Ruth era discretíssima, mas também, até onde me lembro, foi a única consorte intelectual depois da imperatriz Leopoldina. Nem por isto se recolheu às atividades acadêmicas: ela foi o motor do Comunidade Solidária, que deu origem a vários programas sociais em vigor até hoje, e manifestou suas opiniões políticas sempre que achou necessário. Ruth Cardoso deixa um exemplo de integridade e firmeza de princípios – algo cada vez mais em falta entre os tristes tucanos.

terça-feira, 24 de junho de 2008

HELLO MOTO

Lembra que eu disse que meu DJ predileto atualmente é o Seamus Haji? Bom, eu estava mentindo. Meus favoritos pra valer são a dupla britânica Miki Moto e Bobby Blanco, os manjados Moto Blanco. O que eu mais gosto do som dos caras é que ele passa a léguas do tribalzinho de merda: seus remixes têm um inconfundível sabor de disco music, muito vocal e, como diria a diva Leandra Borges, muito glâââmour. Foram eles que transformaram "Be Without You", da Mary J. Blige, de um chororô descabelado numa das faixas mais animadas de 2006 - e até ganharam um Grammy por isto. Desde então ms. Blige virou freguesa, assim como Jennifer Lopez, Rihanna, Sophie Ellis-Bextor, Janet Jackson, Mika e até mesmo a traveca da Leona Lewis (credo). Os maiores hits da dupla podem ser convenientemente baixados num único set: é só clicar aqui. E quem estiver a fim de progressive e outras merdas que tais nem precisa gastar o dedo.

UGA UGA

Até onde vai Robert Mugabe? O selvagem ditador do Zimbabwe até que chegou bem longe: embalado por sua fama de herói por ter derrotado o apartheid e expulsado os brancos da antiga Rodésia, ele se aferra no poder há quase 30 anos. E não importa que seu governo seja o pior da face da Terra: a inflação no país já passa de três milhões por cento ao ano, e a expectativa de vida da população caiu para menos de 40 anos. Mesmo assim ele ainda é forte o suficiente para intimidar a oposição e forçar Morgan Tsavangirai a se retirar do 2o. turno das eleições presidenciais. O que a comunidade internacional não pode é deixar Mugabe vencer por W.O., mas para isto ele precisaria ser condenado por seus vizinhos africanos – e muitos têm telhado de vidro. Pelo menos o Brasil tomou vergonha na cara ao admitir que o processo todo é fraudulento.

COUTINHO, O BONITINHO

Levei um susto quando descobri que o português João Pereira Coutinho, que escreve na "Ilustrada" todas as terças, tem apenas 31 anos. Seus textos maduros e cultos me faziam imaginar um senhor de meia-idade, e não esse rapazola aí da foto, que até que dava um caldo (verde?). Leio sua coluna toda semana, e a de hoje me entusiasmou: Coutinho disse tudo o que eu gostaria de dizer a respeito da origem genética da viadagem e suas conseqüências, e com muito mais embasamento e fluência do que eu. O texto "Pais, Filhos e Gays" deveria se tornar leitura obrigatória nas escolas. Ai, que invejinha.

O PARAÍSO DO VOYEUR

Muito interessante o trabalho do fotógrafo francês Jean-François Rauzier. Ele faz um troço chamado "hyper-photo": panoramas de 360 graus com uma riqueza de detalhes assustadora. Você clica num ponto assinalado da foto e rola um zoom impressionante, desses que mostram o que está acontecendo num apartamento. Seu trabalho mais conhecido é uma visão avassaladora de Paris, mas tem muito mais com o que se divertir no site do cara. Quer dar uma espiadinha?

segunda-feira, 23 de junho de 2008

A ESCOLHA NÃO É SUA

Parece que a ciência está a um passo de provar a origem genética da homossexualidade. Primeiro foi anunciado que os cérebros de homens gays têm formato mais parecido com os de mulheres héteros, e os de homens héteros com os de mulheres gays. Agora o cientista italiano Andrea Camperio Ciani defende que o “gene da homossexualidade masculina” seria passado pela mãe aos filhos, e teria uma função biológica importante: aumentar a fertilidade feminina. Ou seja: um filho gay, que provavelmente não irá se reproduzir, é “compensado” pelo maior número de filhos da mãe (leia a matéria completa aqui).

Muitos ativistas gays têm ojeriza a qualquer explicação biológica, pois temem que a homossexualidade seja definitivamente encarada como uma “doença” que pode (e deve) ser “extirpada”. Eu já penso o contrário: uma vez provado que a orientação sexual tem basicamente uma origem genética - ou seja, é natural, inata, inevitável - fica difícil para os nossos inimigos nos chamarem de “pervertidos” ou “pecadores”. O próprio cientista é da opinião que o meio onde a pessoa é criada tem muita influência, e que o gene só traria uma certa predisposição – e eu concordo com ele. O curioso é que suas descobertas só explicam a homossexualidade dos homens. As lésbicas continuam sendo um mistééério…

PRA VER "A BANDA" PASSAR

"A Banda" foi o filme escolhido por Israel para concorrer ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira do ano passado. Só que a Academia o desclassificou, alegando que grande parte dos diálogos era em inglês - uma estupidez total, já que os personagens são egípcios e israelenses que usam o inglês para se comunicar. Isto não impediu o filme de ganhar uma pá de prêmios em festivais, e de chegar ao Brasil embalado por ótimas críticas. Por isto fui ao cinema com uma expectativa enorme, e me decepcionei um pouco. A história de uma banda militar egípcia perdida em Israel é bonitinha, mas os conflitos potenciais só se rascunham, e nenhuma cena chega a emocionar. Essa banda toca um pouco comprtadinha demais.

domingo, 22 de junho de 2008

ESTOU DE BODE

Rafel Trujillo foi talvez o mais sanguinário ditador da história da América Latina, e olha que páreo é concorrido. Durante os mais de 30 anos em que mandou e desmandou na República Dominicana, foi o responsável pela morte de umas 30 mil pessoas - inlcusive o casal de mendigos loucos que se atreveu a imitá-lo em praça pública. Era um tipo de tirano que hoje em dia só se encontra na Ásia Central: mudou o nome da capital, Santo Domingo, para Ciudad Trujillo, e insituiu um culto oficial a sua própria mãe, a "Excelsa Matrona". Esse personagem fascinante e aterrorizador serviu de inspiração para um dos melhores livros de Mario Vargas Llosa, "A Festa do Bode", que eu estou lendo em espanhol. Estava querendo ler desde que fui à República Dominicana em dezembro, e agora não consigo mais baixar. Quase 50 anos depois de ser merecidamente assassinado, Trujillo faz mais um prisioneiro.

sábado, 21 de junho de 2008

MATA O VÉIO

Por quê Fidel Castro não morre de uma vez? É constrangedor ver o tiranete cubano se dar ao trabalho de responder a uma canção de Caetano Veloso, ou criticar injustamente Yoani Sánchez, a blogueira do Generación Y, a coisa mais interessante que aconteceu na ilha nos últimos 10 anos. Fidel mancha de cocô sua já ensanguentada biografia, e é desses cocôs moles de velho incontinente. Pena que em Cuba não se vendam fraldas geriátricas.

PASSADO NA MANTEIGA

Semana passada falei da nova versão do lubrificante KY, "dele" e "dela". Ontem descobri algo mais curioso: os novos lançamentos da marca Boy Butter. Só o nome já é pra lá de sensacional, mas dessa vez os caras se superaram. Boy Butter Extreme é um lubrificante com 7,5% de benzocaína, um anestésico - o máximo permitido pela lei americana. A propaganda sugere delicadamente que "you could park a car in your ass and never feel a thing!". E para resultados ainda mais estratoféricos, eles recomendam que se tome Boy Butter Bonerz, uma cápsula azul de extratos naturais que funciona como um Viagra. Alguém se habilita?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

YA HABIBI

Como que a humanidade conseguiu sobreviver tanto tempo sem o YouTube? Todo dia é uma nova preciosidade que a gente encontra, uma nova razão para viver. Minha pérola de hoje é esse trecho de 10 minutos do "Arabic Star Academy", produzido pela televisão libanesa. É longo mas vale a pena: começa com todos os concorrentes cantando (e dançando!) uma versão em árabe de "Laissez-Moi Danser", da über-musa Dalida. Depois dois deles tentam cantar "Didi", só para serem surpreendidos pelo autor da música, o incomparável Khaled. Se eu tivesse encomendado não teria saído melhor.

ME SEGURA

A crítica toda caiu de quatro pelo CD da cantora sueca Robyn, aquela do "With Every Heartbeat". Comprei o CD dela na Europa e, com exceção dessa faixa conhecida, nada me sensibilizou muito. Aí ela lançou um segundo single, "Handle Me", também recebido com loas e chuva de pétalas de rosa. Ouvi a faixa várias vezes, e me perguntava: o que há de errado comigo? Porque é que o mundo inteiro vibra com a Robyn, e eu não? Minha sensibilidade pop foi para o caralho? Foi então que Nossa Senhora dos Remixes veio em meu auxílio. Descobri esse link aqui e baixei todas as versões da música, e achei todas melhores que a "oficial". Fiu, ainda não foi dessa vez: continuo tão sensível como sempre.

DESPERTE COM OS CLÁSSICOS

Hoje sai nos EUA o número 1.000 da minha revista favorita, a “Entertainment Weekly”, e para comemorar a efeméride os caras resolveram compilar os mil melhores filmes, programas, discos e livros dos últimos 25 anos (a revista tem só 16). A capa traz a chamada “The New Classics”, e mostra Harry Potter, a Rachel de “Friends”, Edward Mãos-de-Tesoura, Beyoncé… peraí, Beyoncé? “Clássica”, já? Duvide-o-dó que alguém vá estar ouvindo “Déjà Vu” daqui a 25 anos. E cadê a Madonna, porra? A cantora que mais marcou o último quarto de século? Talvez ela apareça lá dentro, não sei. Tenho a sensação que a Beyoncé só entrou na capa por causa do sistema de cotas.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

CHANSON D'AMOUR, RA-TA-RA-TA-RA...

Hoje começa mais um "Panorama do Cinema Francês" aqui em SP, na verdade um festival de pré-estréias (ainda bem, vai entrar tudo em cartaz). O filme mais aguardado pela comunidade bibística é evidentemente "Les Chansons d'Amour", bastante badalado na blogosfera gay já há alguns meses. Bom, eu já tenho o filme em DVD, tralala, e sinto dizer que ele não é tão gay assim. Só no finzinho que o protagonista Louis Garrel se envolve com um lourinho de rosto delicioso e nome idem: Gregoire Le Prince-Ringuet. E quem acha filme francês chato porque eles falam demais, pode ir se preparando: aqui eles falam cantando. Mas as músicas são agradáveis, os atores também, e Paris mais ainda. Só não vá esperando ficar excitado.

PROGRAMA DE ÍNDIO

Um anônimo me acusou de racista por usar a expressão "programa tupi- guarani" no post aí embaixo, uma variante do popular "programa de índio". O anônimo em questão deve ser jovem o bastante para não lembrar de uma época em que a programação das TVs não era 24 horas. Enquanto ficavam fora do ar, de madrugada ou de manhãzinha, as emissoras transmitiam o chamado "padrão", para as pessoas ajustarem seus televisores em casa. E o primeiro padrão difundido no Brasil foi o da TV Tupi, que tinha por símbolo um indiozinho. O "programa de índio" era isto: horas daquela imagem estática, muitas vezes sem nem uma musiquinha de fundo. Nada a ver com os índios de verdade, que sabidamente fazem programas sensacionais como mascar cauim, dançar quarup e tomar cauim.

SÃO PAULO FASHION STRESS

Não existe programa mais tupi-guarani do que ir até a Fashion Week para assistir a um único desfile. Levei mais de uma hora para ir da Vila Olímpia ao Ibirapuera, bairros vizinhos, e chegando lá, quem disse que tinha vaga? Hoooras dando volta, enquanto os amigos lá dentro pressionavam via celular: "Cadê você? Já abriram as portas! Já vai começar!" Finalmente consegui estacionar na altura da Assembléia Legislativa, a um bom quilômetro de distância do Pavilhão da Bienal. E tanto stress e correria para ver um desfile que me pareceu mais corrido ainda, o do Fause Haten (ou melhor, FH). As modelos andavam tão depressa pela passarela que parecia que havia um táxi com o taxímetro ligado esperando por elas lá fora.

Foi um desfile correto e muito aplaudido - mas o maior frisson estava mesmo na platéia, onde todos comentavam o imbroglio do grupo I'M. Essa proto-versão brasileira da holding LVMH foi lançada há seis meses, mas já deu com os burros n'água. Primeiro foi o Alexandre Herchcovitch quem pulou fora, agora foi o Fause quem perdeu a marca que leva seu nome e foi obrigado a lançar a grife FH. Um sinal estressante de que a moda brasileira não vai tão bem quanto parece.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

MELVIL PULPOSO

O ator francês Melvil Poupaud teria todas as condicões de entrar para meu harém de noivos imaginários, se seus filmes não chegassem tão de vez em quando por aqui. Fiquei caidinho por ele há dois anos atrás quando vi "Le Temps qui Reste" (désolé, não lembro o título em português), onde ele fazia um fotógrafo gay com câncer terminal. Ele também faz um fotógrafo (não gay, dommage) em "Um Homem Perdido", em cartaz aqui em SP. O filme se passa na Jordânia e no Líbano e até que é interessante, inclusive porque traz outro ator bonitão: o anglo-árabe Alexander Siddig, que trabalhou em "Syriana". Mas quando Melvil aparece na tela, não consigo ver mais ninguém.

JOGO FRIO

Saiu disco novo do Coldplay.







Sabe fodendo?
Nem fodendo.

AUTO-GRÁ-FANDO

Acabo de chegar da Foch da alameda Franca, aqui em São Paulo, onde a Grá Ferreira estava "lançando" um CD com um set todo seu. Pus aspas no "lançando" porque o disco na verdade é um presente para os amigos e clientes da loja - de onde aliás a Grá é gerente de marketing faz tempo. A rainha da noite paulistana recebia os convidados, fazia viradas nas pick-ups e ainda autografava os CDs com longas declarações de amor. E ela ainda me autorizou a disponibilizar um link aqui no blog, pro povo que não pôde ir na loja se chacoalhar assim mesmo com o set. Que está recheado de hits: tem "Party All the Time", "Umbrella", "The Flame", "4 Minutes" e mais um monte que a gente gosta. Então clica logo aqui, e a-grá-dece a ela!

terça-feira, 17 de junho de 2008

CUSTO PARA RIR

Ando meio carente de humor na TV brasileira. Até acho engraçados os textos do "Casseta & Planeta", mas eles todos são atores sofríveis - e nenhum tem o carisma do finado Bussunda. Implico com o "Pânico" desde que, no auge do mensalão, eles preferiam encher o saco da Carolina Dickerman. Ontem finalmente assisti ao "Custe o Que Custar" da Band, e gostei do que vi. Já conhecia a versão argentina do programa, o "Caiga Quien Caiga", que é apresentada por um desbole camiñando chamado Mario Pergolini. Aqui o comando fica nas mãos do Marcelo Tas, que traz um ar de fina ironia a tudo que faz. Aliás, esse é o principal diferencial do "CQC": o programa parece ser feito por (e direcionado a) pessoas que não só sabem ler e escrever, como lêem jornais e têm noção do que se passa no mundo. As entradas ao vivo precisam ser mais ágeis, e os apresentadores têm que perder a cara de "ah, é, é?" que tanto zoam no resto da humanidade. Mas muita coisa já está funcionando, e vários momentos me fizeram rir alto. Vou ver mais vezes.

SWEET RIVER VALLEY

Sou totalmente contra a reestatização da Vale do Rio Doce. Os defensores desse projeto imbecil dizem que a empresa “pertence ao povo brasileiro”, mas o que eles querem mesmo é mais um cabide de empregos para gente que não sabe fazer nada, e mais moeda de troca para negociações escusas no Congresso. Dito isto, quem foi o gênio de marketing que escolheu uma música EM INGLÊS para o novo comercial da Vale? O objetivo não era mostrar que a companhia continua tão “nossa” como sempre? Será que tem algum agente infiltrado na agência ou no cliente, disposto a dar munição para o inimigo?

BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA

Cresci durante o regime militar, por isto tenho uma certa dificuldade em transbordar de orgulho e admiração pelo exército brasileiro. E nos últimos tempos os milicos têm se esforçado mesmo é para nos encher de nojo e vergonha. Primeiro a perseguição espetacular aos sargentos gays, de uma homofobia cada vez mais indisfarçável; agora essa ação horripilante no morro da Providência, no Rio, onde um tenente entregou três jovens traficantes para serem torturados e mortos por uma facção rival. Sei que as Forças Armadas estão cheias de gente digna e honesta, e que esses dois vexames têm pouco a ver um com o outro. Mas só para ser espírito de porco: aposto que esse tenente “marvado” - há até pouco tempo lindo, leve e solto para cometer barbaridades - é hétero…

segunda-feira, 16 de junho de 2008

FIQUE ESPERTO

Ó Deus, fazei com que a versão cinematográfica do "Agente 86" esteja à altura da série de TV, um programa que marcou minha infância, e que é engraçado até hoje. Sexta-feira estréia o filme por aqui, e pelo trailer até que dá para ter esperanças. Já disse aqui no blog que tenho major hots pelo Steve Carrell (deve ser por causa do nariz), mas quem está ficando a mó gata é a Anne Hathaway, né não? Ou preciso baixar o "cone do silêncio" para dizer isto?

A INGRATIDÃO DÓI

Sabe o que acontece quando um tratado da União Européia é submetido à aprovação popular? Ele é recusado. Seja lá em que país for, não importa o quão esclarecido – como a Holanda – ou quão favorecido – como a mal-agradecida Irlanda, que deve muito de seu sucesso atual ao dinheiro europeu. É muito fácil torpedear esses tratados: bastam seus inimigos agitarem as bandeiras da “perda da identidade nacional”, “burocratas de Bruxelas” e “textos incompreensíveis” que voilà, mais um atraso no cronograma da integração do continente. E assim a Europa volta algumas casinhas, eternamente incapaz de fazer frente ao mamute americano ou, cada vez mais, ao dragão chinês. Talvez me chamem de fascistóide, mas tem horas em que essas democratices mais atrapalham que ajudam.

MUTATIS MUTANDIS

Também deu na "Folha" de ontem: Tiago Santiago, autor de "Os Mutantes", vive no Rio "com sua mulher e o filho de cinco meses". As mutações estão se espalhando para fora da tela? Ou é mais um milagre da Igreja Universal do Reino de Deus?

domingo, 15 de junho de 2008

FECHANDO PORTAS

Eu e minha boca grande: acabo de perder qualquer chance de ser contratado pela Y&R, ou de participar do programa "O Aprendiz". Hoje a coluna Outro Canal da "Folha de São Paulo" comentou o meu post de quinta-feira, "Justus Hoje", e foi até checar com a agência se era verdade (era). Não é a primeira vez que sirvo de "fonte" para o Daniel Castro, mas é a primeira em que ele me cita nominalmente - e confesso que me deu um certo frio na barriga. Represálias virão? Acho que não, mas se alguma coisa me acontecer nos próximos dias, vocês já sabem quem é o suspeito no. 1...

sábado, 14 de junho de 2008

PIOVANIMÉ

Meu amigo Carlos Avelino, que é pintor e desenhista, também está na equipe de animadores de "Procura-Me", a primeira mini-série policial em animé feita no Brasil. Os personagens têm as feições e as vozes de gente como Luana Piovani, Felipe Folgosi e Paulo Ricardo, e também existe um blog para quem quiser acompanhar a produção passo a passo. Também quero virar personagem de animé: é melhor que aplicar botox ou tomar bomba, e sem efeitos colaterais.
(Não consegui "embedar" o teaser, mas para assistir clique aqui.)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

HAJI HA HA

Esqueça o Rauhoffernissim: o DJ mais bacana do momento é o Seamus Haji, um irlandês- indiano (??) que surgiu em 2004 com um remix de "Last Night a DJ Saved My Life". Mas foi neste ano que ele estourou pra valer, com suas versões matadoras de "Touch My Body" da Mariah Carey e "Overpowered" da Roísín Murphy. Foi por isto que o Moby o convidou para dar um upgrade em "I Love to Move in Here". De onde virá o próximo convite? Madonna? André Almada?

QUATRO-OLHO

Quer ver como eu fiquei de óculos? Então vai lá no Carioca Virtual, onde tem uma foto meio escurinha tirada ontem à noite. Como sempre, o Carioca deu primeiro...

E-JOY DIVISION

Sou desses que vai até em abertura de envelope. Estive na primeiríssima Val-Demente (a futura X), numa sobreloja em Botafogo em 1993. Fui à inauguração de quase todas as boates importantes nos últimos anos: Ultralounge, The Week SP, Flexx, The Week Rio, Megga, you name it. E também estava lá na primeira edição da E-Joy do Zanardi e do Bianchini, com o teatro Mars transformado num circo pós-tudo. Muitas edições depois – incluindo a incrível festa no Anhembi com Deborah Cox, uma das melhores da minha vida – a label party ganhou casa própria, a Flexx, onde hoje comemora seus 4 anos (que na verdade são 5, mas zuzo bem). Parabéns pros meninos, e também pra todos nós: é graças ao trabalho de gente como eles que a noite paulistana é atualmente uma das melhores do mundo, fácil, fácil. E lá estaremos hoje à noite!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

STRANGE, I'VE SEEN THAT FACE BEFORE

Que artista pop pode ficar quase 20 anos sem lançar um CD e ainda soar mais novo que o jornal de amanhã? Os discos que Grace Jones gravou no início dos anos 80 não envelheceram um segundo, e sua imagem permanece única: agressiva, masculina, na fronteira entre a moda e a arte. Parece que Grace despertou de sua hibernação, pois um novo álbum, "Corporate Cannibal", está sendo anunciado para julho ou agosto. Bem que uma dessas revistinhas por aí podia aproveitar a deixa e chamar a Grá, sua sósia e xará, para um editorial em homenagem à diva mais feroz de todos os tempos. Grrowrrl.

LOVE IS IN THE AIR

Quem lembra dos bonequinhos do "Amar É...", verdadeira praga dos anos 70? A versão gay dessa baboseira também não é nova, mas como hoje é Dia dos Namorados eu não resisto a postar este clássico moderno aqui no blog. Pelo menos serve de consolo para quem está sozinho: olha só como namorar é ridículo!

JUSTUS HOJE

Dia desses os funcionários da Young & Rubicam foram convocados para uma reunião de emergência no final do expediente. Um clima desconfortável se instalou na agência: será que vai rolar uma demissão coletiva? Coitadinhos, algo ainda pior os aguardava. Roberto Justus queria apresentar a seus comandados o CD que gravou com standards do repertório americano, "o presente ideal para o Dia dos Namorados". Dizem que ele soltou pérolas do tipo "eu não sabia que cantava tão bem" e "reparem como meu inglês está bom". Sinceramente, acho tudo bem a pessoa ser vaidosa e exibicionista. Mas Justus vive nos surpreendendo com sua absoluta falta de senso de "loção". O cara ultrapassa a caricatura e dispensa até sátira do "Casseta & Planeta". Só não tenho vergonha dele porque tenho raiva.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

EU USO ÓCULOS

Agora é oficial: virei quatro-olho. Desde hoje sou o feliz proprietário de um par de óculos de grau, com lentes Interview com tratamento anti-relfexo Optikôt e armação Salvatore Ferragamo. Não preciso usar o tempo todo: só quando estiver lendo ou trabalhando no computador, ou seja, apenas 97% do dia. O exame do glaucoma também deu positivo. Terei que pingar colírio Lumigan pelo resto de meus dias, uma gota em cada olho antes de dormir. Possíveis efeitos colaterais: vermelhidão nos olhos - aquele ar de chapação permanente, justo em mim que detesto maconha - e cílios mais longos e espessos - meu olhar vai ficar ainda mais aveludado e sedutor. Adeus, rímel! Pois é, tudo tem seu lado bom.

MICHELLE, MA BELLE

Não vai ser o máximo os Estados Unidos terem uma primeira-dama com cara de quem já concorreu no "American Idol"? Michelle Obama tem look e postura de diva, e toda hora tenho a sensação de que ela vai abrir a boca e cantar "I believe that children are the future...". Por isto mesmo que os tenebrosos republicanos cairão com força total pra cima dela. Vão tentar pintá-la como uma perigosa radical de esquerda, uma espécie de Angela Davis rediviva. Esses reaças esquecem que Michelle é a encarnação perfeita do sonho americano: moça pobre da periferia de Chicago que se forma em Harvard, torna-se uma advogada de sucesso e agora está a um passo de ir morar na Casa Branca. Muito mais representativa e aspiracional que Cindy McCain, uma herdeira bilionária que nunca moveu uma palha. Michelle lá! Ce sont des mots qui vont très bien ensemble.

AÊ MULHEGADA!

A poeira de "Sex and the City" ainda nem começou a baixar, e já está circulando pela rede o trailer do próximo coquetel de estrogênio: "The Women", o remake contemporâneo de uma comédia dos anos 30. A versão original tinha algumas das maiores estrelas da época (Joan Crawford, Norma Shearer, Rosalind Russell, Paulette Goddard) e um gimmick curioso: todas as criaturas em cena, incluindo animais, eram do sexo feminino. O novo filme segue pelo mesmo caminho, com estrelas atuais (Meg Ryan, Annette Benning, Debra Messing, Bette Midler) e nenhum homem à vista. Claro que a crítica vai cair matando, a mesma crítica machista que vai vibrar com o "Incrível Hulk" (zzzz), mas quer saber? Mon cul pra essa gente. Adoro mulheres, contanto que estejam bem-vestidas numa tela de cinema.

terça-feira, 10 de junho de 2008

SWEETIE DAAAHLING

Sem "Absolutely Fabulous" não existiriam "Will & Grace" nem "Sex and the City". A série inglesa teve apenas 32 episódios espalhados por 5 temporadas e uns 3 ou 4 especiais, mas sua influência é sentida até hoje. Foi o primeiro programa de TV a tirar sarro do mundinho fashion, e um dos únicos onde os personagens consumiam doses cavalares de álcool e drogas (ou pelo menos achavam que consumiam - Patsy ficava puta ao se dar conta que tinha cheirado talco e gostado, lembra?). Tenho quase tudo em DVD, mas estou muito tentado a comprar a caixa "Absolutely Everything" que acaba de sair nos EUA. Aprecie sem moderação, e acompanhe com Bolli-Stoli (champagne Bollinger + vodka Stolichnaya, o improvável drink predileto da dupla). Ah, e também com um pouco de talco.

BENDITO KY

Ao contrário dos concorrentes, o gel KY jamais dirigiu sua propaganda para o público gay, veja só que tolinho. Agora a marca assume de vez sua heterossexualidade: está lançando nos EUA um kit com versões "dele" e "dela" (talvez porque "ativo" e "passivo" não soasse tão bem). A proposta é interessante: o gel que vem no tubo azul deve ser aplicado no rapaz, o gel do tubo roxo na moça (ou seja lá quem for). O resultado é uma explosão de prazer nunca vista, promete o fabricante. Ficou curioso? Então clique aqui, e faça sua encomenda.

HOMENS AO MAR

Não contente em promover sua já tradicional White Party em dezembro, Rogério Figueiredo vai atacar também em fevereiro, uma semana antes do carnaval do ano que vem. No dia 8 daquele mês zarpa um navio de Florianópolis rumo a Santos, prometendo 18 horas ininterruptas de jogação em alto mar. Haja animação, hein? O que vai ter de biba caindo n'água e sendo devorada pelos tubarões...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O FIM DE UMA ERA

A Virgin Megastore do Times Square foi aberta com enorme estardalhaço no começo dos anos 90. Claro que virou um dos meus lugares favoritos em Nova York, e o horário elástico - até uma hora da manhã! - permitia comprinhas depois do teatro, um luxo absoluto. Mas ano passado estive lá duas vezes, e em ambas parecia que eu era o único cliente na loja. Agora chegou a notícia inevitável: incapaz de pagar o aluguel astronômico, a Virgin fecha as portas no começo do ano que vem. Até que durou muito - a Tower Records, a maior rede americana do gênero, afundou em 2006. E assim vai se evaporando um dos grandes prazeres da minha vida, que é entrar numa loja de discos e fuçar as novidades. Baixar coisas da internet não é a mesma coisa, apesar de ser muito mais barato (ou grátis). Na próxima viagem, pelo menos vai sobrar mais dinheiro pra comprar roupa.

TOMEI CORAGEM

Fui ver "Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto" esperando por um "Sonho de Cassandra" melhorado, embalado pelas críticas favoráveis. As histórias são parecidas: dois irmãos sem ficha na polícia resolvem cometer um crimezinho para dar um reforço no caixa, e tudo sai maravilhosamente errado. Mas apesar dos ótimos atores e da direção segura do veterano Sidney Lumet, só uma coisa realmente me empolgou: a incrível gostosura da Marisa Tomei aos 43 anos, com sensacionais peitos de fora em quase todas suas cenas. Pois é, de vez em quando eu tenho umas recaídas.