
quinta-feira, 31 de maio de 2007
"ROMA" PEGA FOGO

quarta-feira, 30 de maio de 2007
AMOR SELVAGEM

ALEGRIA CONTAGIOSA

terça-feira, 29 de maio de 2007
VAI TOMAR O QUÊ?

ABRA SEUS OLHOS

MAIS BICHA IMPOSSÍVEL

segunda-feira, 28 de maio de 2007
SEPPUKU NELES
O IRÃ VERSUS “PERSEPOLIS”

FORA DO AR

sexta-feira, 25 de maio de 2007
ELA E NÓS

Teresa Salgueiro, a cantora da banda portuguesa Madredeus, acaba de lançar um disco só de músicas brasileiras chamado “Você e Eu”. São 22 “standards”, nenhum com menos de 30 anos de idade. E os arranjos são bonitinhos, mas tão caretas… nessas horas a gente vê a falta que faz um Jacques Morelenbaum. Pra completar, Teresa canta com sotaque brasileiro, ou quase: o resultado é uma dicção à moda antiga, que lembra muito a de sua conterrânea Carmen Miranda. Mas que a versão de Teresa para “Marambaia” ficou sublime, ah, isso ficou.
MEU MUNDO CAIU

PAPAI NOEL ÀS AVESSAS
ERRO DE TIMING
quinta-feira, 24 de maio de 2007
DESCONSTRUINDO A DASLU

Que nada. O magazine estava bastante caído, em todos os sentidos: pouca gente circulando, pouca mercadoria exposta, e, ó decepção, uma ambientação natalina mais pobrinha que a do Shopping Aricanduva. E isto às sete horas da noite da penúltima sexta antes do Natal, quando o comércio está bombando.
O que aconteceu com a Daslu? Todo mundo sabe: acusações de fraude, sonegação fiscal, maracutaias mil. Isto responde por muito do abalo visível, mas acho que não foi só isso. Tenho a impressão que a crise toda foi muito mal administrada, e enquanto a loja estava tentando salvar a própria pele (ou peles…), um patrimônio precioso talvez tenha ido por água baixo: a marca Daslu.
Até o começo de 2005, a Daslu era uma espécie de segredo aberto: relativamente pouca gente sabia da existência da loja, espalhada por uma dezena de casas numa rua da Vila Nova Conceição. A Daslu não anunciava, era totalmente low profile. Ou quase: nessa época ela já chamava a atenção até da imprensa internacional, com matérias na Wallpaper e na New Yorker. E também atraía a ira dos vizinhos, empenhados em manter o bairro estritamente residencial (apesar da Daslu estar lá há quase 50 anos, antes de qualquer zoneamento).
Cansada de lutar na Justiça, a Daslu resolveu se mudar. E foi para uma nova sede: um palazzo fake italiano na beira da marginal Pinheiros, impossível de disfarçar. A inauguração teve várias festas, foi notícia no Brasil todo, e logo a loja se tornou alvo de protestos.
Afinal, ali estava o templo da desigualdade social: um lugar onde não entra pobre, nem pedestre, nem quem não tiver o fatídico cartão preto – alias, entra sim, mas paga 30 reais de estacionamento. Para coroar, bem ao lado de uma favela.
Até passeata do fã-clube de Angelina Jolie a loja teve que enfrentar em sues primeiros dias (explica-se: a estrela é contra o comércio de peles de animais, que são vendidas por algumas grifes da loja). Mas o golpe de misericórida veio logo: a Daslu fôra investigada pela PF e acusada de uma montanha de crimes fiscais.
Foi um escárnio geral, com até mesmo Ratinho tirando sarro das dasluzetes em seu programa. Na novela “Cobras e Lagartos”, a loja “Luxus”, de inspiração evidente, era administrada por um bando de vigaristas. Em pouco tempo o nome Daslu virou sinônimo de ostentação criminosa e exploração das classes trabalhadoras, em pleno governo do PT.
Tudo bem, não há marca que resista à revelação de malfeitorias (vejam o que aconteceu com a Arthur Andersen). Mas um sinal de que a Daslu realmente não sabe lidar com a (má) fama aconteceu no final de 2005, quando surgiu a Daspu. Eliana Tranchesi logo entrou com um processo, ameaçando as pobres prostitutas cariocas de denegrir sua sacrossanta marca. Teve que ouvir do advogado das meninas a seguinte pérola: “são putas mas são honestas…” Com um pouco mais de humor, Eliana teria convidado a Daspu a abrir sua própria “corner” na loja, e tudo seria rapidamente esquecido.
Hoje a Daslu luta como pode. Demitiu muita gente, certas grifes foram embora, tapou (alguns) buracos em seu espaço físico. Mas nada parece dar certo. Enquanto isto, o Shopping Iguatemi, ali pertinho e com tantas das mesmas marcas, está abarrotado.
A Daslu precisava de um “spin doctor”, aquele profissional americano capaz de reverter uma notícia ruim a favor de seu cliente. Mas no Brasil não os há: bem o sabe Daniela Ciccarelli, que meteu os pés pelas mãos (e outras coisas em outras coisas) no recente episódio do vídeo. É cultural: por aqui a primeira reação é sempre negar tudo. Taí o Maluf, mais uma vez dizendo que nem ele nem sua família jamais tiveram conta no exterior. Parece que se esqueceu que uma vez ele e sua mulher Sylvia foram flagrados num banco em Paris – quem sabe, admirando os afrescos do teto.
E agora a mídia anuncia que a festa de fim de ano da agência África vai ser no Terraço Daslu (que Tutty Vasquez já chamou de “laje”). O dono da África, Nizan Guanaes, é casado com uma das sócias da Daslu, Donata Meirelles. Estão obviamente tentando levar um evento badalado lá pra dentro. É isso que Nizan sabe fazer numa crise: festas e mais festas (aliás, ótimas). Não foi ele quem disse que “baiano não começa, baiano estréia”? Mas nem ele, nem nenhuma de suas agências, jamais brilhou no quesito “construção de marca”. Eles sabem ganhar prêmio e badalar, mas qual marca vencedora que está aí que podemos dizer que é por obra e graça da DM9 e congêneres? Mas isso é assunto para outro dia.
Bom, achamos o tal do presente que buscávamos. E na hora de pagar, lá estava ao lado do caixa a nova “eau de toilette” Daslu. Quase levamos. Não pelo cheiro, bastante comum. Mas pela marca em si: pelo jeito que a coisa vai, daqui a pouco tempo ela vai valer uma fortuna no eBay.
(escrito em 19 de dezembro de 2006)
ATÉ QUE ENFIM
Bom, depois de inúmeros amigos, conhecidos e animais de estimação terem seus próprios blogs, finalmente criei vergonha na cara e resolvi criar o meu. Primeiro tentei no meu próprio provedor, o UOL, do qual sou praticamente sócio-fundador: desde 1996. Mas as instruções são confusas, os templates são horríveis, os controles são árduos. Imediatamente me bandeei pro Blogger, que hospeda alguns blogs que admiro, e voilà: rápido, fácil, elegante. Eu recomeeeendo. E pra começar, um texto escrito às vésperas do Natal do ano passado.
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